Em reunião extraordinária na manhã deste domingo (17), a área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da vacina Oxford no Brasil. Após esse parecer, os diretores da Agência devem tomar a decisão pela liberação ou não do produto para a sociedade.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) formalizou no dia de janeiro (8) o pedido de autorização de uso emergencial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, após uma semana de reuniões com representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O processo, diferente do registro sanitário (mais amplo), tem prazo estipulado pela própria agência para ter um desfecho, desde que não haja pendências. Como no caso da CoronaVac, que também fez a mesma solicitação, a Anvisa informa que já iniciou a triagem dos documentos apresentados pelo laboratório.
Sobre a vacina
A vacina conhecida de Oxford, também conhecida como ChAdOx1 nCoV-19, é um dos mais avançados experimentos científicos contra o coronavírus no mundo hoje.
Ela é feita a partir do ChAdOx1, que é uma versão mais branda de um vírus que causa gripe em chipanzés, com modificações genéticas que impedem que ela se espalhe entre humanos. Material genético foi acrescentado ao vírus ChAdOx1 com a presença de uma proteína chamada glicoproteína de pico.
Essa proteína existe na superfície do coronavírus e desempenha um papel fundamental no processo de contaminação, pois ela se liga a receptores presentes nas células humanas para invadi-las e causar a infecção.
O objetivo da vacina de Oxford é fazer com que o sistema imunológico do corpo humano reconheça a glicoproteína de pico e crie uma defesa contra ela.