O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), define nesta quarta-feira (20) o novo patamar dos juros básicos da economia brasileira. A previsão do mercado financeiro é de que a Selic seja mantida em 2% ao ano pela quarta vez seguida.
Nesta quarta-feira (20), o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos, e os oito diretores da autoridade monetária projetam as possibilidades futuras da economia nacional e definem a nova Selic. Isso acontece após a realização de apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro na terça-feira (19).
O veredito a respeito dos novos juros básicos será anunciado após as 18h30 e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
No último encontro, quando a taxa básica de juros foi mantida em 2% ao ano, o Copom afirmou que a “continuidade da recuperação desigual entre setores”. Os diretores também destacaram que existe uma incerteza “acima da usual” sobre o ritmo de crescimento econômico, sobretudo após o fim dos auxílios emergenciais.
Juros básicos
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.