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Secretaria da Saúde do Ceará vai decidir sobre a distribuição do novo lote neste domingo

Secretaria da Saúde do Ceará vai decidir sobre a distribuição do novo lote neste domingo

As vacinas Oxford/AstraZeneca chegaram no Ceará na noite do último sábado (23).

“É uma luta que a gente vai vencendo passo a passo”. Foi assim que o prefeito de Fortaleza, José Sarto, definiu este segundo momento da vacinação contra covid-19 no Ceará, em entrevista coletiva logo após a chegada de um novo lote de imunizantes.

As 72.500 doses da vacina Oxford/AstraZeneca que chegaram no Aeroporto Internacional Pinto Martins no último sábado (23), de fato, dão início a mais um passo da imunização no Estado. O material foi entregue por volta das 22h10 na presença do governador Camilo Santana, o prefeito Sarto e os secretários da Saúde Dr. Cabeto, do Estado, e Ana Estela, do Município.

Ainda na manhã deste domingo (24), deve ser divulgada a logística de distribuição deste segundo lote. Segundo o governador do Ceará, como a quantidade de imunizantes ainda não é o suficiente para garantir a vacinação do primeiro grupo prioritário, o envio para os municípios deve levar em conta alguns  critérios, que ele ainda não especificou.

Vantagens da vacina Oxford/AstraZeneca

A vacina que chegou na última segunda-feira (18) no Ceará foi a CoronaVac, produzida em parceria do Instituto Butantan, em São Paulo, e o laboratório chinês Sinovac. Durante toda essa semana, as doses foram distribuídas em todos municípios cearenses, garantindo mais de 33 mil pessoas imunizadas até o sábado.

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Deste imunizante, o Ceará recebeu 229.200 doses. Como cada pessoa precisa tomar duas doses para garantir a imunidade, cerca de 114.600 pessoas vão ser vacinadas neste primeiro momento com a CoronaVac.

No caso desta vacina, o intervalo de tempo entre as duas doses é de, no máximo, 28 dias. Isso significa que, a cada pessoa vacinada com a primeira dose, a segunda já está reservada para o reforço.

É aí que a vacina Oxford/AstraZeneca torna-se mais vantajosa. Ela também exige que, para cada pessoa, sejam tomadas duas doses. Porém, o intervalo de tempo entre elas é de 3 meses, o que permite uma vantagem logística considerável.

A vantagem dessa vacina é que nós vamos poder usar todas as doses, porque a segunda dose poderá ser tomada em até 90 dias”, ressaltou o governador Camilo Santana na coletiva após a chegada do novo lote no Ceará. “Até lá, há toda uma programação de remessas de novas doses”.

Perspectiva de novas doses

Mesmo com estes dois lotes, o caminho para a imunização de todos os cearenses ainda é longo. Só do primeiro grupo prioritário (formado por profissionais da saúde da linha da frente no combate à covid-19, povos indígenas e idosos com mais de 60 anos e portadores de deficiência que estão em abrigos), a perspectiva é de que estes lotes ainda não dão conta.

Mas já existem possibilidades surgindo no horizonte. Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso das mais de 4 milhões de doses da CoronaVac já produzidas pelo Instituto Butantan e ainda não distribuídas. Segundo Camilo Santana, parte desse material deve chegar no Ceará ainda nos próximos dias.

A Fiocruz também está em negociações com a Índia para que sejam enviadas mais doses da Oxford/AstraZeneca para o Brasil. O país asiático foi quem mandou para o Brasil este lote que foi entregue no Ceará.

Também há uma expectativa de que a Fiocruz produza o imunizante aqui no País. A parceria com a Oxford garante que o instituto brasileiro seja capaz de fazer cerca de 15 milhões de doses no laboratório do Rio de Janeiro. Só o que falta para dar início a essa produção é o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que deve ser importado da China.

O Governo Federal, por meio do Ministério da Relações Exteriores e o Ministério da Saúde, está trabalhando nestas negociações com a China. Segundo o ministro Ernesto Araújo, em entrevista à CNN, as tratativas com o gigante asiático seguem sem impedimentos. Porém, ainda não há data prevista para a chegada dos IFA no Brasil.

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