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Crime organizado aumenta demanda em armamento artesanal após alta nas apreensões de armas

“Armas de guerra” são apreendidas no Aeroporto de Fortaleza

Foto: WhatsApp / GCMAIS

Nos últimos meses, diversos casos de apreensões de armamentos artesanais no Ceará vem chamando atenção da população e da Polícia.

Em dezembro, várias armas de fogo, e o material para confecção de mais exemplares, foram apreendidos no Siqueira. Na última segunda-feira (25), a Polícia recolheu mais uma arma artesanal em uma tentativa de assalto a um comerciante na CEASA. No mesmo dia, três metralhadoras, também fabricadas ilegalmente, foram apreendidas no Aeroporto de Fortaleza.

Segundo o Tenente Coronel Sinval Sampaio, comandante regional da Polícia Militar do Ceará (PMCE), a percepção de que há mais armas artesanais circulando nas ruas é resultado da escassez de armas de fogo comuns no mercado ilegal. Isso, porque os órgãos de segurança vem realizando, nos últimos anos, um extenso trabalho de retirada deste material das mãos de criminosos.

Com o aumento das apreensões, o crime organizado tem procurado fabricar o seu armamento, tendo em vista a indisponibilidade, nas ruas, das armas que estão sendo retiradas de circulação pela Polícia”, explica o comandante.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Ceará, em 2020, só até outubro, já haviam sido apreendidas 4.436 armas das mãos de criminosos.

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“Esse intenso trabalho de repressão à posse e ao porte ilegal de arma faz parte de uma estratégia muito maior, que consiste em retirar drogas e armas da rua, retirando do criminoso o seu meio utilizado para a prática do crime. Buscando aí a melhora nos índices de segurança pública no Ceará”, destacou o secretário Sandro Caron.

Os armamentos artesanais, segundo o Tenente Coronel Sinval Sampaio, são produzidos com materiais comuns, disponíveis no mercado para outros usos, mas que são adaptados para montar as armas. Diferente das que são produzidas pela indústria, estas fabricadas artesanalmente não possuem as travas de segurança, que dão mais controle para quem atira.

O crime de comércio ilegal de armas de fogo, que abrange quem produz as armas artesanais, possui pena de seis a 12 anos de cadeia.

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