O presidente também desferiu várias ofensas contra a imprensa
“Dilma comprou mais leite condensado do que eu”, diz Bolsonaro em encontro com apoiadores
O presidente Jair Bolsonaro, em um almoço com apoiadores em Brasília, reclamou sobre as críticas que vem recebendo em relação aos gastos com alimentação do Governo Federal.
“Não é para a Presidência da República, essa compra de alimentos. Até porque a nossa fonte é outra”, explicou o presidente após desferir uma sequência de ataques a profissionais da imprensa.
O Governo Federal foi o centro de uma polêmica nos últimos dias sobre o uso do dinheiro público em compras de alimentação. O portal “Metrópoles” divulgou uma lista de compras que, somada, custou R$ 1,8 bilhões aos cofres públicos. Entre os gastos, estão R$ 2.203,681 só com chicletes, cerca de R$ 15 milhões com leite condensado e mais de R$ 2,5 milhões em vinho.
Ao grupo de apoiadores reunidos em uma churrascaria em Brasília, o presidente afirmou qye as compras foram usadas para alimentar os “370 mil homens do exército brasileiro e também programas de alimentação via Ministério da Cidadania. E também alimentação via Ministério da Educação. Entre tantos outros”.
Logo depois, Bolsonaro chamou as acusações de “levianas” e afirmou que elas não iam chegar em “lugar nenhum”. “E se me acusam disso é sinal que não têm do que me acusar”, reforçou.
O presidente se comprometeu a explicar os gastos na live que fará na próxima quinta-feira (28) nas suas redes sociais. O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União, deve participar deste momento.
“Vamos demonstrar tudo isso. Inclusive que, em 2014 a Dilma comprou mais leite condensado do que eu”, acusou o presidente.
Pandemia e Impeachment
Na mesma reunião, o presidente também falou sobre a pandemia de covid-19, especulando sobre teorias da conspiração que afirmam que o coronavírus foi fabricado.
“Quis o destino que uma pandemia… que pode ter sido fabricada… nos atingiu no ano passado”, disse Bolsonaro.
Sobre o impeachment, assunto que voltou a ser debatido nas redes sociais e em alguns setores da sociedade, o presidente parece não ter medo e garante que vai continuar no cargo até o fim do mandato.
“Nós continuaremos nessa cadeira até o final de 2022, tenho certeza disso”, afirma.
Ele também menosprezou todos os 61 pedidos de impedimento que foram protocolados na Câmara dos Deputados. “Se juntar todos não dá nada. Absolutamente nada”, conclui o líder do Executivo.
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