“Os rótulos de alto e baixo clero acabam intensificando o poder na mão de poucos”, afirmou o parlamentar
Fábio Ramalho critica, em discurso na Câmara dos Deputados, pautas liberais e concentração de poder
Em discurso no Plenário, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) afirmou que os deputados precisam mudar a forma de fazer política após a pandemia do novo coronavírus. Ele rejeitou a distinção entre “alto clero” e “baixo clero” e disse que todos os deputados são representantes legítimos do povo. “Os rótulos de alto e baixo clero acabam intensificando o poder na mão de poucos, deixando 490 deputados de lado”, afirmou.
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Ele criticou a postura de governadores, que não conversam com as bancadas, e líderes que concentram poderes em poucos. “Temos deputados que ganham R$ 100 milhões em emendas e outros tem direito a R$ 300 milhões. Isso está errado”, disse Ramalho, criticando o poder dos relatores sobre a Lei Orçamentária.
O deputado também defendeu a vacinação e criticou pautas liberais como a autonomia do Banco Central. Segundo ele, essa autonomia deixaria o real “na mão dos banqueiros”. “O povo brasileiro quer vacina, o povo brasileiro quer comida”. Ele disse ainda que é preciso fortalecer a voz dos deputados na definição da pauta de votações.
“Não há espaço para disputas de ego enquanto os pais perdem os filhos; não há espaço para briga entre entes federativos enquanto falta oxigênio nos hospitais; não há espaço para crendice quando podemos confiar na ciência; não há espaço para discursos vazios enquanto homens e mulheres da nossa nação estão desempregados”, disse.
Para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, o candidato precisa da maioria absoluta dos votos em primeiro turno ou o maior número de votos em segundo turno.
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