Pela segunda vez só nesta semana, um grupo de manifestantes foi às ruas pedir que o governador Camilo Santana reveja o decreto que limita o horário de funcionamento de serviços não essenciais. O protesto acontece na Praça Portugal, no bairro Aldeota, e começou por volta das 15h30.
A estimativa é de que cerca de 500 pessoas estavam reunidas no local. Esse grupo é formado por trabalhadores de bares, restaurantes, buffet, músicos, entre outros profissionais da cadeia de alimentação fora do lar.
Entre as palavras de ordem que os manifestantes gritavam, estavam “queremos trabalhar” e “aceita a proposta”. Essa última se refere à proposta de enviada ao governador para que o decreto permita que o setor possa funcionar pelo menos até as 23h.
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Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel), o novo decreto, que entrou em vigor na ultima quarta-feira (3), pode ser considerado um lockdown para o setor. Os profissionais da área vêm falando no risco de fechamento de mais negócios e no aumento do número de demissões.
Em uma publicação na última sexta-feira (5), Camilo afirmou que vem estudando formas de dar um suporte a esses trabalhadores. “Estamos finalizando um pacote de apoio para o setor de eventos, e nossa equipe está em diálogo com setor de bares e restaurantes para estudar também formas de apoio ao segmento”, disse em uma publicação nas redes sociais.
Entenda o que diz o decreto:
Segundo o decreto estadual 33.918, publicado nesta terça-feira (2), serviços não essenciais em Fortaleza estão com horários mais restritos. Entre as 20h e as 6h da manhã, comércio, indústria e diversos serviços estão proibidos de funcionar. Durante esse período, as atividades poderão ser realizadas apenas em delivery.
– Entre as 20h até as 6h do dia seguinte, de segunda a domingo, fica suspenso o funcionamento do comércio, da indústria e de serviços não essenciais.
– Nos sábados e domingos, estabelecimentos que trabalham com alimentação só podem realizar atendimento presencial até as 15h. Isso é válido para restaurantes, praças de alimentação, barracas de praia e restaurantes de shopping centers.
– Os serviços de delivery, inclusive por aplicativos, continuam permitidos em qualquer horário.
– Serviços essenciais podem continuar funcionando em qualquer horário. São eles:
- serviços públicos essenciais
- supermercados
- postos de combustível
- farmácias
- hospitais e demais unidades de saúde e de serviços odontológicos de emergência
- laboratórios de análises clínicas
- segurança privada
- imprensa, meios de comunicação e telecomunicação em geral
- funerárias