De 2019 para 2020, esse número de roubos diminuiu em mais de 40%
Número de ataques a bancos no Ceará chegou ao menor patamar dos últimos 7 anos
Basta puxar um pouquinho na memória para lembrar de um tempo em que ataques a bancos no Ceará faziam parte da rotina dos noticiários. Cidades sitiadas, reféns, explosivos e armamentos pesados assustaram a população do Estado por muitos anos.
Conhecidos como “novo cangaço”, esses criminosos parecem ter reduzido a atuação no Ceará. Em 2020, os Estado registrou o menor patamar dos números de assaltos a bancos dos últimos sete anos. Foram 8 casos notificados pela Secretaria de Segurança, muito menos do que os 62 ataques ocorridos em 2016. Para a Polícia, isso é o resultado de um trabalho integrado das forças de segurança.
“Nós estamos observando aqui no Estado, desde 2016, uma redução nesses crimes contra instituições financeiras. Deve-se ao trabalho integrado realizado pela Polícia Militar e também pelo trabalho de investigação da Polícia Civil, a interiorização da Ciopaer e o uso de ferramentas de tecnologia, como o videomonitoramento e o Sistema Policial Indicativo de Abordagem (Spia)”, explica o secretário Sandro Caron.
O número destes ataques vêm diminuindo consideravelmente nos últimos quatro anos. Foram 62 em 2016, o último ano com aumento, seguido por 56 em 2017 e 41 no ano seguinte. Nos últimos dois anos, essa redução foi ainda mais acentuada. Em 2019, foram 14 ataques, enquanto 2020 teve uma diminuição de mais de 40% nos casos de ataques.
2016: o último ano de altas
Imóveis de luxo usados para esconder um verdadeiro arsenal de guerra. Armas usadas por exércitos faziam parte do material descoberto pela Polícia do Ceará em março de 2016. O plano era roubar um banco no interior do Estado, mas a quadrilha foi desarticulada.
O primeiro dos ataques de 2016 aconteceu em fevereiro, em uma agência do Banco do Brasil de Novo Oriente. Clientes e funcionários foram feitos de refém por 40 minutos, enquanto a quadrilha abria o cofre. Uma parte do grupo ficou do lado de fora atirando para cima. Alguns reféns foram usados como escudos durante a fuga dos criminosos.
No mesmo mês, em Madalena, os habitantes foram acordados com tiros de fuzil durante a madrugada. Uma quadrilha invadiu a agência do Banco do Brasil numa tentativa frustrada de realizar um assalto. Apesar de terem assustado a população e cortado a energia do banco, o explosivo usado pelo grupo não funcionou e nada foi roubado durante aquela noite. Eles fugiram de mãos vazias.
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