O uso da vacina AstraZeneca será suspenso do programa de imunizações da África do Sul. A notícia foi comunicada pelo ministro da Saúde Zweli Mkhize nesse domingo (7).
De acordo com ele, os dados de um ensaio clínico mostraram que a vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford oferece proteção limitada contra doenças leves causadas pela variante do coronavírus identificada pela primeira vez na África do Sul.
Cientistas do Ministério da Saúde sul-africano agora vão analisar os dados para decidir a melhor forma de proceder.
A vacina é uma das autorizadas pelo Brasil.
Menos eficaz
Nesse sábado (6) a farmacêutica britânica AstraZeneca disse que, com base nos primeiros dados de um teste, sua vacina aparentemente oferece apenas uma proteção limitada contra a infecção causada pela variante sul-africana da Covid-19.
O estudo da Universidade de Witwatersrand, da África do Sul, e da Universidade de Oxford mostrou que a vacina reduziu significativamente sua eficácia contra a variante sul-africana, de acordo com uma reportagem do Financial Times.
Segundo o jornal, os dados ainda não foram revisados e integram um estudo que deve ser divulgado nesta segunda-feira (8). Para casos graves, hospitalizações e mortes, a eficácia da vacina contra a variante da África do Sul ainda não foi determinada.
O “Financial Times” também destacou que não houve casos de hospitalizações e mortes entre as 2 mil pessoas que participaram do teste.
Variantes mais preocupantes
Entre as variantes do coronavírus atualmente mais preocupantes para cientistas e especialistas em saúde pública estão as chamadas cepas britânica, sul-africana e brasileira, que parecem se espalhar mais rapidamente do que outras.
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