A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou, nesta segunda-feira (8), a circulação da nova variante de coronavírus que surgiu em Manaus, em três pacientes no Estado. Dois casos confirmados são relacionados a viajantes. O terceiro caso se refere a uma pessoa que mora no Ceará, provavelmente já característico de transmissão comunitária.
A confirmação acontece após análises realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará e no Amazonas. As identidades dos pacientes com amostras detectadas foram preservadas pela Sesa.
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Os três pacientes com confirmação do novo vírus são homens, com mais de 60 anos, internados em hospitais particulares de Fortaleza. Além deles, Sesa e Fiocruz ainda analisam outras 90 notificações de casos suspeitos. Não há cronologia nas amostras confirmadas, ou seja, os três pacientes não necessariamente são os primeiros a se infectar com a nova variante do vírus. Entre os suspeitos, 68,8% são viajantes e 31,2%, transmissão comunitária.
Em vídeo, o Secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, falou sobre os casos:
Em nota técnica, a Sesa já havia orientado a quarentena de 14 dias para viajantes de seis estados brasileiros: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima, Pará e Sergipe. A quarentena deve ser acompanhada de “automonitoramento em relação ao surgimento de sintomas. Caso o viajante apresente quadro sintomático que sugira doença respiratória aguda durante ou após a viagem, deve procurar atendimento médico e compartilhar seu histórico de viagens com o profissional de saúde”.
Também são consideradas como áreas de risco com circulação de novas variantes os países Argentina, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos da América, Jamaica, México, Peru, Japão, Reino Unido, África do Sul e República Dominicana, assim como outros países que subsequentemente confirmarem circulação.
Além da notificação de casos suspeitos e imediato tratamento dos pacientes, o monitoramento das novas cepas também visam a compreender as implicações das mutações nas propriedades do vírus e seu potencial impacto no incremento da transmissão de Covid-19, aumento das taxas de reinfecção e impacto na efetividade das intervenções, incluindo vacinas.