Artistas, técnicos e demais profissionais do setores de evento e cultura devem receber duas parcelas de um auxílio emergencial estadual. O anúncio foi feito nesta terça-feira (16), pelo governador Camilo Santana em transmissão nas redes sociais. Cerca de 10 mil trabalhadores devem receber duas parcelas de R$ 500. Um Projeto de Lei deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa nos próximos dias, solicitando autorização do benefício.

Ainda na live, Camilo Santana anunciou outras medidas para os trabalhadores e empresas do setor de evento e cultura. Confira:

1. Parcelamento das dívidas de ICMS em cinco anos;
2. Isenção do IPVA 2021 para veículos registrados em nomes das empresas ou profissionais autônomos ou individuais formalizados;
3. Isenção do pagamento de taxas para todos equipamentos culturais do Ceará por seis meses para empresas locais;
4. Lançamento de edital de R$ 4 milhões para a realização de eventos corporativos virtuais. Serão atendidas: feiras, congressos, simpósios e outros;
5. Auxílio financeiro para profissionais do setor. Artistas, técnicos e outros trabalhadores cadastrados na Secretaria de Cultura do Ceará (Secult) devem ser beneficiados com duas parcelas de R$ 500;
6. Fortalecimento da Lei Federal Aldir Blanc. O Estado já lançou editais de Cultura que totalizam cerca de R$ 16 milhões.

 

Protestos

Com as medidas, o Governo do Ceará busca tranquilizar os trabalhadores dos setores de evento e cultura, impactados pela pandemia de coronavírus. No começo do mês, a categoria realizou vários protestos em Fortaleza. Um deles aconteceu nas imediações da Assembleia Legislativa.

“Como produtor de bandas musicais, há um ano não sei o que é uma viagem, um evento. A gente vem se mantendo, se rastejando. A gente paga IPVA, material escolar. Nós precisamos trabalhar, estamos dentro dos protocolos. A gente reduziu público, equipes, [disponibilizamos] álcool em gel, distanciamento social”, comentou Ivan Soares, produtor de bandas.

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Fevereiro

O Ceará registra 12.738 casos de coronavírus durante os 15 primeiros dias de fevereiro, conforme o Integrasus. Com os novos casos, as estruturas de saúde pública e privada podem entrar em colapso, alerta o médico Elias Leite.

Segundo o especialista, “a situação vai ficar pior do que aconteceu em um primeiro momento [2020]. É preciso que as pessoas entendam que corre o risco de as estruturas de saúde, tanto pública quanto privada, entrarem em colapso. Ou seja, se os números continuarem subindo muito, as estruturas de saúde não terão condição de atender todo mundo que precisa”, explica.