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Para cumprir promessa, Brasil precisa vacinar 5 vezes mais rápido

Para cumprir promessa, Brasil precisa vacinar 5 vezes mais rápido

Dos cerca de 212 milhões de brasileiros, apenas 75,8%, ou 161,120 milhões, podem tomar a vacina.

A velocidade média de imunização dos brasileiros precisa quintuplicar para o Ministério da Saúde cumprir a promessa do titular da pasta, Eduardo Pazuello, de que até junho metade da população vacinável terá tomado o imunizante contra a covid-19.  

Em sessão no Senado em 11 de fevereiro, o titular da pasta garantiu também a imunização de todos os brasileiros. 

Até esta terça-feira de manhã (16), com um fluxo médio de 241.206 aplicações por dia, segundo dados do site Our World In Data, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, o país precisa atingir 1.162.914 diariamente até 30 de junho para que metade da população tenha tomado as duas doses.

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Dos cerca de 212 milhões de brasileiros, apenas 75,8%, ou 161,120 milhões, podem tomar a vacina. O restante tem entre 0 e 17 anos, faixa etária que fica de fora desse primeiro ano da campanha por não haver estudos tanto da CoronaVac quanto do produto desenvolvido pela AstraZeneca para essas idades.

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Outro grupo em relação ao qual há dúvidas se deve ou não comparecer aos postos é o das grávidas. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), porém, elas podem se imunizar. Por isso, mais de dois milhões de gestantes brasileiras anuais entraram na contagem.

A necessidade de elevação a 482% da velocidade atual de aplicações considerou que, segundo o Our World in Data, 5,08 milhões de brasileiros já foram vacinados e que 0,21% tomaram as duas doses.  

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Se Pazuello quis dizer que 50% teriam ao menos uma dose, o que não ficou claro, e fazendo a conta simples (que não é a mais correta*) de quantos ainda precisam se vacinar, o aumento teria de partir dos atuais 241 mil para 563.28 diariamente, 133% a mais de pessoas mesmo em feriados, sábados e domingos pelos próximos 134 dias, até 31 de junho.

* A conta é falha porque só seria possível utilizar toda a estrutura atual dos postos espalhados pelos municípios apenas para a primeira dose se ficasse determinado que ninguém mais teria a segunda aplicação, o que, por inúmeros motivos, seria uma insanidade.

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