As chuvas em Fortaleza estão se intensificando, e o risco de acidentes de trânsito aumenta. Pista molhada, alagamentos, buracos e visibilidade reduzida podem dificultar a vida do condutor. A estimativa do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) é que o número de pequenas colisões durante o período aumente em 30%.

Segundo Elpídio Souza, gerente de uma oficina mecânica na Capital, a busca por reparos é maior nos dias de precipitações. “Quando chega esse período de chuva, geralmente, tem uma tendência de acidentes mais frequentes, e sempre aumenta a quantidade de pequenos reparos, batidas nos para-choques e retrovisores”, destaca.

Esses acidentes, porém, podem ser evitados caso o dono do veículo preste atenção a alguns cuidados.

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O primeiro é não ter pressa. Manter a velocidade baixa, cerca de 10% a 20% menor do que a velocidade permitida na via, é o mais recomendado. Além disso, também é importante manter o distanciamento entre os carros, de, pelo menos, dez metros. Combinadas, essas medidas garantem que o condutor tenha tempo para reagir nos casos onde há uma freada brusca, e evitar um acidente.

Outra dica é manter os pneus em boas condições. “O pneu tem um nível de desgaste, que a gente chama de TWI, ele não pode estar abaixo desse nível, porque, se estiver, é o famoso pneu careca”, explica André Luis Barcelos, gerente de educação da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC).

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TWI (Tread Wear Indicator) é um indicador de desgaste usado pelos fabricantes de pneus. São pequenas elevações que ficam no fundo do sulco da banda de rolagem. Caso o pneu já tenha chegado até ele, está na hora de trocar, para evitar a derrapagem em pistas molhadas.

O que fazer em casos de acidente

Com o número crescente de acidentes, geralmente o período também é marcado por engarrafamentos. Muitas vezes, ao colidirem, os condutores ficam com o veículo na pista aguardando a chegada da equipe da AMC para realizar a perícia.

Porém, hoje, existem casos onde essa espera não é necessária. Acidentes que não envolvem vítimas podem ser registrados pelo próprio motorista através do aplicativo AMC Móvel ou do site Central AMC. Dentro dele, basta acessar à funcionalidade BATEU (Boletim de Acidente de Trânsito Unificado). Através dela, o condutor pode enviar uma foto panorâmica do acidente, imagens dos danos e um breve relato.

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“É um meio de prova para quando não há um acordo”, explica André Luis. Essas informações são analisadas por técnicos da AMC sem a necessidade de deslocamento ou manter o carro parado na via. A partir daí pode ser definido quem é o culpado pelo acidente e solicitar o ressarcimento.

Existem casos, porém, em que a presença dos profissionais da AMC é indispensável, como aqueles que envolvem vítimas.

“A equipe vai sempre se deslocar ao local se tiver algum indício de crime de trânsito, como quando a pessoa ingeriu álcool e está na condução do veículo, ou não está habilitada, ou em casos de acidentes onde o veículo fique imobilizado na via por questões mecânicas”, conclui o gerente.

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