Com uma manifestação realizada na tarde desta sexta-feira (19) em um trecho da Avenida Pontes Vieira, em Fortaleza, pais de estudantes e funcionários de escolas particulares pediram a flexibilização do decreto estadual que limita o funcionamento das instituições de ensino. Com faixas e carro de som, o grupo classificou as normas sanitárias como um “lockdown” nos colégios.
“As escolas particulares têm estrutura, o que não existe nas escolas públicas. A rede particular segura bem [os casos de Covid-19]. Tem medidor de temperatura, tem álcool em gel, tem espaçamento. É preciso que a população saiba que as escolas particulares têm estrutura para segurar essa pandemia. Quando não tiver, fecha. Não tem registro de problemas nas escolas particulares”, disse um motorista de vans escolares, ao CGMAIS.
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Os manifestantes saíram da rua Barbosa de Freitas até a Avenida Pontes Vieira, onde ocuparam uma das vias. A Polícia Militar acompanhou o ato e conseguiu desfazer o bloqueio, assim, o grupo se limitou às calçadas da Assembleia Legislativa, onde pediam atenção dos motoristas que trafegavam no trecho.
O deputado Delegado Cavalcante (PSL) foi ao local e conversou com alguns manifestantes. Acompanhado de assessores, gravou um vídeo sem máscara, criticando a suspensão das aulas. Parte dessa transmissão foi acompanhada pelo Instagram do GCMAIS.
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Durante o ato, mobilizadores reforçaram que a manifestação era organizada por pais e funcionários, sem vínculo com entidades. Entretanto, no dia anterior, o Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (SINEPE) declarou apoio e pediu que os associados aderissem ao protesto.
Novas medidas
O novo decreto foi anunciado durante a semana pelo governador do Ceará, Camilo Santana. Com as mudanças, as aulas presenciais já autorizadas retomaram, a partir de hoje, o formato virtual. A medida foi tomada para frear os casos de coronavírus. Na quinta-feira (18), uma atualização das medidas foi publicada, permitindo o retorno presencial do ensino infantil para crianças de até três anos, além das aulas de laboratório nas instituições de ensino superior.
“O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no Ceará baseia todas as definições em critérios técnicos atrelados aos índices epidemiológicos. As decisões são tomadas em comum acordo pelas entidades que compõem o comitê: governo do Ceará, prefeitura de Fortaleza, TJCE, AL, MP estadual e federal e MPT”, diz a nota.