Embora seja celebrada apenas em abril neste ano, a Páscoa já está na mira de comerciantes e empresários, que buscam maneiras de se reinventar no período para garantir o faturamento, mesmo diante da crise sanitária provocada pelo coronavírus. Uma das alternativas para garantir a clientela é o delivery, que cresceu 149% em 2020, segundo uma startup de gestão de finanças pessoais.

De acordo com o economista Ricardo Coimbra, empreendedores devem apostar no formato para manter clientes que desejam fazer compras de ovos de páscoa, por exemplo. “Diversos setores vinculados ao serviço da Páscoa também devem utilizar o delivery como mecanismo de entrega de produtos, como chocolates, ovos, cestas e bolos”, diz o economista.

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O empreendedor Valderi Vieira concorda com o economista. O serviço de entregas de doces já era uma realidade antes da pandemia, mas deve ser intensificada na Páscoa para que os clientes possam consumir chocolate com mais segurança. A produção, inclusive, já foi iniciada. “A gente tá com todo gás na produção de ovos da páscoa deste ano”, garante o empresário. “Muita gente quer fazer um pedido de presente para alguém que mora longe ou não pode tá presente. Eles encomendam e vamos deixar no local. Precisamos cuidar das pessoas, A gente tá querendo trazer mais calor humano, mais amor, mais esperança por dias melhores”, completa o empreendedor.

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De acordo com o biomédico Samuel Arruda, especialista em Virologia Humana, o serviço de entrega é, também, uma forma importante de reduzir os riscos de se infectar com covid-19, já que ele mantém os clientes em casa. “A vantagem do delivery é diminuir o deslocamento de pessoas e diminuir o tempo de compartilhamento das pessoas nos ambientes, reduzindo a possibilidade de infecção”, explica.

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Samuel Arruda alerta que, mesmo nos casos de entrega, o consumidor deve manter os cuidados básicos para evitar contaminação. “Se você quiser, pode usar algum tipo de detergente no recipiente para reduzir a infecção. Mas se você tomar cuidado com a limpeza do material e lavagem das mãos, ou seja, você retira o invólucro e faz a lavagem das mãos, é o suficiente para te proteger da maior parte das infecções do coronavírus”, ressalta o especialista.

Segundo Ricardo Coimbra, com o delivery, ganha o cliente que busca facilitar o acesso ao produto e ganha o empreendedor, que mantém o lucro, mesmo diante do período adverso. “Todos os produtos que podem ser comercializados na Páscoa devem aproveitar da ferramenta do delivery para incrementar e fortalecer suas vendas, gerando um potencial de crescimento, de lucratividade, e de manutenção de emprego e renda para uma parcela significativa da nossa sociedade”, finaliza.