O presidente Jair Bolsonaro, em visita às obras do Anel Viário, em Fortaleza, criticou as políticas de fechamento dos serviços não essenciais que vêm sendo adotadas por diversos estados em combate à pandemia.
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“Agora, o que o povo mais pede, e que eu tenho visto, em especial no Ceará, é trabalhar”, disse o presidente, durante uma fala aos apoiadores e veículos de imprensa que estavam no local. “Política do ‘fica em casa’ e a economia vem depois não funcionou”, acrescentou.
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Assim como já havia feito em outros momentos, Bolsonaro ressaltou a necessidade de articular a economia e o combate à pandemia. “São dois problemas que devemos tratar de forma simultânea e com a mesma responsabilidade”, disse o presidente. “Daqui pra frente, o governador que fechar o estado, o governador que destrói emprego, ele que deve pagar o auxílio emergencial”, disparou.
Estado e Municípios com mais restrições
Diversos estados em todo o País estão aplicando medidas de restrições cada vez mais rígidas na tentativa de reduzir a disseminação do coronavírus.
Nesta sexta-feira (26), o governador do Ceará, Camilo Santana, atualizou o decreto que está vigente no estado. Segundo o novo documento, o toque de recolher será mantido, mas o horário foi alterado para 20h e 5h, de segunda a sexta-feira, e entre 19h e 5h aos sábados e domingos, com saídas permitidas somente em situação de comprovada necessidade. A alteração começa a valer no sábado (27) e deve ser mantida até 7 de março.
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Dois municípios cearenses já decretaram lockdown nos últimos dias. Mombaça e Santa Quitéria proibiram a circulação de pessoas e o funcionamento dos serviços não essenciais.
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Auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira (25), durante sua live semanal nas redes sociais, que o valor do novo auxílio emergencial a ser proposto pelo governo será de R$ 250. O benefício, segundo ele, deve começar a ser pago ainda em março, por um período total de quatro meses.
” A princípio, o que deve ser feito? A partir de março, por quatro meses, R$ 250 de auxílio emergencial. Então é isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado ainda, em especial, com os presidentes da Câmara [Arthur Lira (PP-AL)] e do Senado [Rodrigo Pacheco (DEM-MG)]. Porque a gente tem que ter certeza de que o que nós acertarmos, vai ser em conjunto”.
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A expectativa, segundo o presidente, é que os quatros meses complementares de auxílio possam fazer a “economia pegar de vez”. “Nossa capacidade de endividamento está, acredito, no limite. Mais quatro meses pra ver se a economia pega de vez, pega pra valer”, afirmou.
O novo auxílio emergencial deve substituir o auxílio pago ao longo do ano passado, como forma de conter os efeitos da pandemia de covid-19 sobre a população mais pobre e os trabalhadores informais.