PANDEMIA

Fortaleza pode enfrentar o pior momento da covid-19 entre 12 e 22 de março, diz especialista

Com a possibilidade da transmissão comunitária da variante de Manaus, a cidade pode enfrentar um quadro mais alarmante do que os piores momentos do ano passado

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3 de março de 2021
Márcia Catunda

O cenário da pandemia em Fortaleza se agrava. A segunda onda da covid-19 pode chegar ao seu auge nos próximos dias, segundo o estatístico Nonato de Castro. Mas dessa vez, a situação pode ser ainda pior do que o que aconteceu no ano de 2020.

Fortaleza pode enfrentar o pior momento da covid-19 entre 12 e 22 de março, diz especialista
Foto: Rodrigo Carvalho / Prefeitura de Fortaleza

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“Nós estamos indo para o pico com a probabilidade, de 98%, que ocorra entre os dias 12 e 22 de março. Porém, quando nós chegamos no pico da chamada segunda onda, nós estamos chegando em um momento mais agravante”, alerta o especialista.

Segundo ele, o quadro que Fortaleza enfrenta agora é diferente do que aconteceu no pior momento da primeira onda. Isso porque a taxa de transmissão do vírus é ainda mais alta e o sistema de saúde, tanto da rede particular quanto da rede pública, está perto de um colapso.

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“Tudo isso vai mostrar que, quando passarmos do pico, vai ser um cenário de terra devastada. Coisa que não ocorreu no ano passado, quando esse pico ficou em um platô. A descida da curva foi suave. Se não forem tomadas medidas urgentes, a descida da curva vai ser muito dolorosa, porque vão ter muitas mortes”, afirma Nonato de Castro.

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Variante de Manaus

Na última segunda-feira (1º), o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, afirmou que a variante de Manaus do coronavírus, que já havia sido encontrada em algumas pessoas no Ceará, mostra indícios de que está em transmissão comunitária no Estado.

Caso se confirme, essa transmissão pode comprovar o cenário que foi descrito pelo estatístico. Isso porque a cepa de Manaus possui características que tornam a transmissão ainda mais intensa e pode dificultar a campanha de vacinação.

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Segundo uma pesquisa da Universidade de São Paulo com a Universidade de Oxford, a variante brasileira é 2,2 vezes mais transmissível do que as linhagens anteriores do vírus. Além disso, ela também é capaz de infectar novamente as pessoas que já tiveram covid-19 em outro momento.

Vacinação

“As vacinas são as ferramentas mais poderosas que a gente tem para controlar essa doença de uma forma definitiva”, afirma o infectologista Kenny Colares, concordando com o que dizem a maior parte dos especialista e gestores que lutam contra a pandemia.

Nesta quarta-feira (3), Fortaleza retoma mais dois centros de vacinação: os Cucas do José Walter e da Barra do Ceará. Nos últimos dias, outros locais já haviam retornado a aplicação dos imunizantes.

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Há, também, a expectativa de que um novo lote da vacina chegue ao Ceará até esta quarta-feira. O governador Camilo Santana afirmou, no dia 1º de março, que mais 122.000 doses da CoronaVac foram confirmadas pelo Ministério da Saúde.

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