Em uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (10), a União dos Policiais do Brasil (UPB), entidade que representa, pelo menos, 24 instituições de segurança pública, criticou o tratamento dado à categoria pelo Governo Federal.
A coletiva, que foi transmitida ao vivo nas redes sociais, foi marcada para falar sobre o posicionamento da UPB diante da aprovação da PEC Emergencial. A medida viabiliza o auxílio emergencial, mas traz diversas restrições para os funcionários públicos no Brasil.
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“Entendemos que a PEC é necessária, mas nós não podemos aceitar o tratamento que está sendo dispensado a uma categoria que está trabalhando na linha de frente da pandemia”, disse Evandir Paiva, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). “Não é proporcional congelar contratações durante quinze anos. Como nós iremos reforçar o trabalho das instituições?”, perguntou ele.
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O presidente da ADPF ainda ressaltou que os policiais continuam em plena atuação mesmo durante a pandemia de covid-19. Ele destacou que a Polícia Federal realizou mais de 6 mil operações durante o ano de 2020, recuperando mais de R$ 9 bilhões em apreensões.
Nosso presidente Alex Galvão (@GALVAODF) explicou algumas das razões para o descontentamento da categoria com a #PECEmergencial. Confira no vídeo!
#PoliciaisSaoEssenciais #PoliciaisForadaPEC186 pic.twitter.com/lzw0OHE2Mv— Sinpol-DF (@Sinpol_DF) March 10, 2021
“Essa PEC decreta o bloqueio da segurança pública e a categoria vai reagir”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (Cobrapol), André Luiz Gutierrez. Para ele, o congelamento de salários, contratações e progressão de carreira dos agentes de segurança pode acabar por gerar um “lockdown ao funcionalismo”.
A expressão também foi usada pelo vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Marcelo Azevedo, que disse: “não precisamos fazer greve, só podemos fazer um lockdown”.
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Os dirigentes afirmaram que o Governo Federal não está cumprindo as promessas de fortalecimento da categoria, mas não sinalizam um rompimento. Em nota, porém, a UPB informou que diante dessas insatisfações, anunciam que devem começar uma “mobilização” dos servidores públicos, entre eles profissionais da segurança.