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Fachin manda ao plenário recurso contra decisão do caso Lula

Fachin manda ao plenário recurso contra decisão do caso Lula

Fachin manda ao plenário recurso contra decisão do caso Lula (Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL)

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, mandou para o plenário o recurso da PGR (Procuradoria-Geral da República), contra a sua decisão que anulou na última segunda-feira (8) as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em despacho nesta sexta-feira (12), Fachin manteve seu entendimento e deu um prazo de cinco dias para a defesa do ex-presidente se manifestar.

O caso deverá ser liberado para pauta após esse prazo, quando o presidente do STF, ministro Luiz Fux, definirá a data para o julgamento. A PGR apresentou nesta sexta-feira recurso contra a decisão do ministro Fachin.

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Em nota, a PGR informou que o Ministério Público Federal entende que a 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba deve ser mantida como a responsável pelas quatro ações penais contra o ex-presidente. Elas envolvem o tríplex do Guarujá, o sítio de Atibaia e o Institutio Lula.

A posição é contrária à decisão de Fachin, que atendeu pedido da defesa da Lula e considerou que os processos não poderiam ter sido julgados no Paraná por não haver conexão dos temas com a investigação de ilícitos na Petrobras, que eram investigados pela Operação Lava Jato em Curitiba. Fachin direcionou os processos para o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), no Distrito Federal.

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Para a PGR, “com base na jurisprudência do Supremo, e com vistas a preservar a estabilidade processual e a segurança jurídica, devem ser mantidas as condenações e continuados os processos”.

No recurso, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo requer que, caso Fachin não reconsidere sua decisão monocrática, o recurso seja julgado por órgão colegiado. A expectativa é que a decisão seja revertida caso vá a plenário para que seja votada pelos 11 ministros.

A PGR solicitou que, caso seu pedido não seja atendido, que ao menos a Corte entenda que novas decisões não poderão afetar a competência da Vara de Curitiba em relação aos processos da Lava Jato. Dessa forma, evitaria-se que outros políticos e empresários condenados na Lava Jato recebam benefício semelhante ao concedido a Lula.

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