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Tratamento para covid com remdesivir custa R$ 17 mil

Foto: Divulgação

Aprovado para uso no tratamento da covid-19 no Brasil, o antiviral remdesivir tem limitações desde quais pacientes podem recebê-lo até o preço.

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a droga somente para ambientes hospitalares, em pacientes que estejam internados com quadro de pneumonia causada pelo coronavírus e que necessitem de oxigênio suplementar — mas não para quem esteja intubado ou fazendo uso de ECMO (oxigenação por membrana extracorporal).

Quem se encaixar nos critérios ainda terá que desembolsar um valor inacessível para a maior parte dos brasileiros.

O tratamento de cinco dias (mínimo exigido) tem custo tabelado médio de US$ 3.120 (cerca de R$ 17,3 mil no câmbio de hoje), segundo informações do desenvolvedor, a farmacêutica norte-americana Gilead Sciences.

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Todavia, ainda não há preço da droga definido no Brasil, segundo o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

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O valor deve ser estabelecido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) a partir de agora.

Outro ponto que poderá ser definido posteriormente é a eventual cobertura do remdesivir pelos planos de saúde, decisão que cabe à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O que é

O remdesivir foi desenvolvido inicialmente para o tratamento da hepatite C e utilizado de forma experimental contra o ebola. Pesquisa em camundongos mostrou que o remédio tinha capacidade de combater a SARS (síndrome respiratória aguda grave) e a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), doenças provocadas por micro-organismos similares ao SARS-CoV-2.

A Anvisa levou em conta para a aprovação dados do estudo do medicamento que mostram uma redução do tempo médio de hospitalização em pacientes que fizeram uso do remdesivir.

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Em um ensaio comparativo, pessoas internadas com covid-19 que receberam a droga ficaram cerca de 10 dias no hospital, enquanto os que não receberam permaneceram por 15 dias.

A droga já foi aprovada para uso nos Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Austrália, entre outros.

Em outubro do ano passado, um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) concluiu que o remdesivir não tem influência positiva no tempo de internação. Os resultados foram questionados pela Gilead.

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