ECONOMIA

Preço da gasolina: motoristas de aplicativo já pensam em manifestações

Entregadores de delivery também enfrentam dificuldades com os frequentes aumentos no valor dos combustíveis

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13 de março de 2021
Assistente de Redação Vídeo

Nesse período de isolamento social e com muitos estabelecimentos fechados, o serviço de delivery tem sido uma saída para quem precisa comprar diversos produtos. Com essa mudança no hábito de consumo e aumento da demanda, os motoboys encontraram uma boa oportunidade para manterem ou até aumentarem o faturamento.

Preço da gasolina: motoristas de aplicativo já pensam em manifestações
O projeto prevê a cassação do documento de habilitação em caso de reincidência da conduta no prazo de dois anos.

No entanto, com os frequentes crescimentos no preço dos combustíveis, as entregas não têm sido mais vantajosas para a para os entregadores.  

Quase 60 mil motoboys atuam no Ceará. Cerca de 15 mil trabalham com carteira assinada e têm ajuda de custo. A maioria, porém, é totalmente responsável pelo abastecimento do veículo e isso tem pesado cada vez mais no bolso dessa categoria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Motoboys, Motoqueiros Vendedores e Pré-vendedores, Motoqueiros Cobradores, Mensageiros, Mecânicos e Vendedores Específicos na Área Motociclistas do Estado do Ceará (SINDIMOTOS/CE), Glauberto Almeida, somente com ajuda dos governadores será possível amenizar os impactos provocados pelos constantes reajustes no preço da gasolina. 

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Manifestações

Esses aumentos têm prejudicado também quem trabalha como taxista e motorista por aplicativo. No caso desses trabalhadores, muitos dos veículos utilizados nas corridas são alugados. Por isso, para muitos, trabalhar assim tem se tornado inviável e a categoria já pensa em fazer manifestações para reivindicar redução nos preços dos combustíveis. 

Leia mais| Guiada por combustíveis, inflação de fevereiro é a maior desde 2016

Vale a pena trocar pelo etanol?

Por mais que pese no bolso, a política de preços da Petrobrás é defendida por especialistas, já que ela leva em conta a cotação do dólar e o mercado internacional.

Porém, a economia brasileira não está preparada. Sendo assim, é possível substituir combustível?

Segundo o economista Marcus Vinícius, o consumidor precisa fazer uma conta simples para decidir qual das duas opções de combustível tem o melhor custo-benefício. 

“A nossa experiência é que o álcool não pode ultrapassar 70% do valor da gasolina. Se a gasolina estiver custando, hoje, R$ 5,30, a gente está falando de um álcool de até, no máximo, R$ 3,70. Se for acima disso, não compensa, melhor você continuar colocando gasolina”, recomenda o especialista.

Para Marcus Vinícius, a saída para o motorista tentar economizar nos trajetos do dia-a-dia é estar atento para os postos com os valores mais em conta. Mas ele também avisa: se o desconto é maior do que o normal, é melhor pensar duas vezes.

“Nesse setor não existe mágica, se a diferença for muito grande, desconfie”, diz o economista, alertando para o risco dos combustíveis adulterados que podem causar danos sérios aos veículos.

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