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Covid-19: brasileiro freia gastos e inadimplência deve cair em março

Covid-19: brasileiro freia gastos e inadimplência deve cair em março

Com medo da crise financeira, brasileiro reduz gastos e taxa de inadimplência.

A pandemia do novo coronavírus está fazendo o consumidor brasileiro começar a ter mais cautela com seus gastos. É o que aponta levantamento feito pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo). 

“A baixa confiança do consumidor para gastar funciona como um freio. É evidente que, com a procura menor por financiamentos, também cai a fatia de créditos menores e, por isso, a inadimplência não sobe”, diz o economista Claudio Felisoni de Angelo.

Para o economista, o consumo do brasileiro está em níveis baixos e, deste modo, é natural que a inadimplência também diminua.

Segundo os dados apresentados, a taxa de inadimplência de pessoa física deve registrar uma queda gradual nos próximos meses.

A estimativa é de que em março a inadimplência fique entre 3,71% e 4,27%, com média 3,99%.

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O índice de março também deve registrar uma queda de 0,15 ponto percentual em relação ao valor real de janeiro e redução de 0,10 ponto percentual em relação a fevereiro.

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O que fazer se tiver muitas dívidas?

A prioridade é pagar as contas de serviços essenciais: água, luz, gás e aluguel.

Com os serviços essenciais garantidos, o negócio é renegociar as dívidas que detêm os maiores juros do mercado: cartão de crédito e cheque especial.

Antes de iniciar esse processo de procurar o credor e tentar fechar um acordo, é preciso organizar todas as finanças da casa.

‘Não adianta assumir uma renegociação e não conseguir honrar os pagamentos depois.’ (Marcel Solimeo, economista chefe da ACSP – Associação Comercial de São Paulo)

A educadora financeira Teresa Tayra lembra que é importante certificar-se que a parcela negociada cabe no seu orçamento, pois a dívida pode aumentar caso o acordo não seja cumprido.

“Em muitos casos, se você não honrar o pagamento de todas as parcelas, o valor da dívida volta ao valor total, ignorando as parcelas já pagas. Uma vez feito um acordo, se planeje para pagar todas.” (Teresa Tayra) 

O primeiro passo é elaborar um fluxo de caixa, que é a anotação de receitas líquidas (sem impostos) e despesas em planilha eletrônica, aplicativo ou caderno, orienta Rejane Tamoto, planejadora financeira.

“É legal categorizar os gastos dentro de cada grupo: moradia, alimentação, saúde, educação, transporte, lazer e despesas pessoais. Depois, escolha quais despesas podem ser renegociadas ou trocadas por outras de menor valor.” (Rejane Tamoto)  

Confira seis dicas dos três especialistas:

1) Coloque tudo na ponta do lápis

Faça as contas e elabore um orçamento rigoroso para saber qual é o seu rendimento mensal, suas despesas e veja quanto dispõe para começar a pagar as dívidas.

Para isso, elabore um fluxo de caixa – que é a anotação de receitas líquidas (sem impostos) e despesas – em planilha eletrônica, aplicativo ou caderno.

Ao anotar, é necessário categorizá-las dentro de cada um dos grupos: moradia, alimentação, comunicação, saúde, educação, transporte, lazer e despesas pessoais.

2) Avalie que gastos cortar

O próximo passo consiste na escolha de quais despesas podem ser renegociadas ou trocadas por outras de menor valor.

É o caso de planos de internet, telefone e TV. Se você acha que está pagando muito caro, consulte outras operadoras e mude

3) Fim do desperdício

Em época de redução de gastos, vale tudo: diminuir o valor da conta de energia e de água deve constar na lista.

Também é fundamental reduzir o desperdício de alimentos. Para evitar gastos desnecessários, elabore um cardápio semanal e vá ao supermercado ou feira com uma lista e siga à risca suas anotações.

4) Chame toda a família

Antes de pagar as dívidas, é preciso reunir a família (inclusive as crianças), apresentar o problema e discutir as alternativas.

Para pagar as dívidas atrasadas, a família terá de repensar o seu padrão de vida, pois a sua força de pagamento será reduzida nos próximos meses, com o início do pagamento das parcelas.

5) Cartão de crédito e cheque especial devem ser prioridade

Se você deve para o cartão de crédito ou cheque especial, saiba que essas modalidades de crédito são as mais caras, portanto, devem ser prioridade.

Uma alternativa é buscar o crédito consignado, se sua empresa oferecer. A linha oferece uma das taxas mais baixas do mercado.

Outra alternativa, que vale para quem tem algum bem, é buscar o crédito com garantia de imóvel ou veículo.

6) Reúna os credores

Se as dívidas envolverem várias lojas, o consumidor pode procurar a ACSP para ajudar na negociação.

O departamento jurídico da associação junta todos os credores para negociar. Ele verifica quanto o devedor pode dispor por mês para pagar a dívida e rateia entre os credores.

Outra opção é usar serviços como o programa super endividados do Procon-SP para renegociar junto aos seus credores. Talvez o tipo de dívida que você tenha, cabe a avaliação sobre juros abusivos. E com isso, o programa pode te ajudar.

Se os débitos forem com bancos, a recomendação é somar todas as dívidas e tentar negociar tudo em um único pagamento por mês.

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