Nesta segunda-feira (15), mais três países se uniram ao grupo de nações européias que decidiram suspender a aplicação da vacina Oxford/AstraZeneca na população. Alemanha, França e Itália se somam à lista que já contava com Dinamarca, Islândia, Áustria, Luxemburgo, Letônia, Estônia, Lituânia e Noruega.
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O motivo que vem levando esses países a abrir mão do uso do imunizante é o medo de que ele pode causar efeitos colaterais, como coágulos sanguíneos. A suspensão causa preocupação nos órgãos de saúde, já que diversos países europeus estão sofrendo com a falta de vacinas.
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Até o momento, mais de 17 milhões de pessoas já receberam o imunizante na União Europeia e no Reino Unido. Destas, só 40 apresentaram casos de coágulo sanguíneo, segundo a AstraZeneca.
No Reino Unido, a equipe de Oxford, que é responsável pela vacina, afirma que não há qualquer relação entre os coágulos e o imunizante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) continua recomendando que a vacina Oxford/AstraZeneca seja usada no combate à covid-19.
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Este imunizante é a principal aposta do governo brasileiro, por conta da parceria entre o laboratório britânico e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Até o momento, não há registro de casos de coágulos sanguíneos no Brasil que estejam relacionados à vacina.
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Fiocruz deve entregar novo lote da vacina Oxford/AstraZeneca a partir de quarta (17)
Um lote com 1,080 milhão de doses de vacinas produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será estregue esta semana ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pela Fiocruz.
Serão disponibilizadas 500 mil doses na quarta-feira (17) e mais 580 mil até sexta-feira (19). Em março, segundo a Fiocruz, será entregue um total de 3,8 milhões de doses da vacinas. Na última sexta-feira (12), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de 1 milhão de doses por dia.
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A vacina fabricada pela Fiocruz foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Para sua efetividade completa, ela necessita de duas doses, em um intervalo de oito a 12 semanas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso do imunizante inclusive para as novas variantes que vêm circulando no Brasil e em outros países, como a África do Sul. A vacina previne os casos graves e as hospitalizações por covid-19. De acordo com os estudos publicados sobre a vacina Oxford-AstraZeneca, sua eficácia geral é de 82%.