Camilo Santana, governador do Ceará, afirmou nesta terça-feira (16), que o Estado deve assinar um contrato nos próximos dias para a compra direta de 5,87 milhões de doses da Sputnik, vacina russa. Os imunizantes devem ser integrados ao Plano Nacional de Imunização (PNI), do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o líder do Executivo, além das 187.400 doses da vacina CoronaVac/Butantan que o Ceará vai receber na quarta-feira (17), “temos mantido contato com outros laboratórios para aquisição de mais imunizantes. Nossa expectativa é assinar nesta semana contrato com o Fundo Soberano Russo para aquisição direta de 5,87 milhões de doses da Sputnik”.
Além das vacinas enviadas pelo PNI, temos mantido contato com outros laboratórios para aquisição de mais imunizantes. Nossa expectativa é assinar nesta semana contrato com o Fundo Soberano Russo para aquisição direta de 5,87 milhões de doses da Sputnik.
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) March 16, 2021
No domingo (14), Camilo Santana participou de uma reunião com outros governadores e o Ministério da Saúde. Em pauta, a aquisição da vacina russa. “O objetivo é o fortalecimento do Plano Nacional de Imunização para que o processo de vacinação se dê de forma mais rápida e segura”, detalhou.
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Em seguida, o Consórcio Nordeste anunciou que as 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, compradas pelos governadores da região, serão distribuídas em todo o país. “Com isso, nós teremos condições de alcançar em torno de 20 milhões de brasileiros vacinados no mês de março. E todo esforço vai nessa direção, para chegar no mês de abril com 50 milhões de pessoas, de todo o grupo de risco, vacinadas para a gente ter condições de superar essa pressão de internações na rede hospitalar e ainda reduzir os óbitos”, disse Wellington Dias (PT), governador do Piauí e presidente da associação.
Governo Trump pressionou o Brasil
Um relatório do governo dos Estados Unidos mostra que o país convenceu o Brasil a não comprar a Sputnik V. A informação consta em um documento do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA, sobre as medidas sanitárias tomadas no ano passado.
De acordo com o documento, o Escritório de Assuntos Globais (OGA) do HHS “usou as relações diplomáticas na região para mitigar os esforços” de países considerados inimigos, como a Rússia, Venezuela e Cuba, para “fortalecer os laços diplomáticos e oferecer assistência técnica e humanitária para dissuadir os países da região de aceitar ajuda desses estados mal-intencionados”.
O relatório não cita que argumentos foram utilizados para persuadir o governo brasileiro.