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‘Se você fizer lockdown no Nordeste eu perco a eleição’, disse Bolsonaro a Ludhmila Hajjar, segundo portal

Foto: Carolina Antunes / PR

O nome da médica Ludhmila Hajjar foi um dos que surgiram logo após o anúncio da saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde. Mesmo com o apoio de personagens importantes da política nacional, como Arthur Lira, presidente da Câmara, a indicação não vingou. O motivo teria sido uma divergência de pensamentos entre o presidente Jair Bolsonaro e a médica.

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Ludhmila Hajjar foi até o Palácio da Alvorada, residência do presidente, para uma reunião no último domingo (14). Segundo o portal Poder 360, participaram do encontro o atual ministro, Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro. O grupo teria feito uma sabatina com a candidata ao comando da Saúde.

Segundo o portal, o filho do presidente teria questionado a médica sobre dois temas que são importantes para a base de Bolsonaro: o aborto e as armas. Sobre o armamento, ela disse que é um tema relacionado às Forças Armadas, mas não tem muita simpatia sobre armar a população. Já sobre o aborto, não se sabe o que ela respondeu.

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Em outro momento, o próprio presidente foi quem se dirigiu a Ludhmila Hajjar, questionando-a sobre o uso da cloroquina. A médica afirmou que não iria contra o presidente caso assumisse o Ministério, mas que o momento de discutir essa medicação estava ultrapassado e era hora de olhar para frente. Bolsonaro teria discordado, afirmando que os médicos têm o direito de prescrever o remédio, se quiserem.

Depois, o presidente perguntou sobre como a médica se posicionava diante do tema lockdown. Segundo o portal, ele teria dito: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?”.

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Ludhmila Hajjar respondeu que é a favor das medidas de isolamento social rígido nos casos em que o número de infecções e mortes são altos. O atual ministro, Eduardo Pauzello, afirmou que tinha dados diferentes dos que foram apresentados pelos governadores e que os gestores estavam mentindo. A médica não acreditou nisso.

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Nesta segunda-feira (15) Ludhmila Hajjar voltou a se reunir com o presidente, mas, logo depois, afirmou à CNN Brasil que teria recusado o convite de assumir o Ministério “por motivos técnicos”. Na noite deste mesmo dia, Bolsonaro anunciou que Marcelo Queiroga deve chefiar a pasta.

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