O lockdown foi adotado pelo Governo do Ceará para reduzir a curva de casos de coronavírus no Estado
Cerca de 32% dos restaurantes conseguem se manter com lockdown, aponta associação
Com as restrições adotadas no Ceará até o próximo domingo (21), 32,4% dos empresários de bares, restaurantes e similares conseguiram manter o funcionamento durante o isolamento rígido. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (19), pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-CE).
“Já sabíamos que grande parte do setor têm maior retorno financeiro no horário a partir das 16h, mas agora a pesquisa confirma nossa tese de que é extremamente importante que o setor funcione neste turno, seguindo todos os protocolos sanitários, incluindo o Selo Lazer Seguro criado pelo Governo do Estado, para a sobrevivência das empresas”, comenta Taiene Righetto, presidente da associação.
Conforme a pesquisa, 45,1% dos empresários não conseguem manter suas casas em funcionamento; 16,9% já fecharam ou já decidiram que irão fechar; 5,6% não conseguem arcar com os custos do fechamento. Foram escutados 213 empresários do setor, entre 15 e 16 de março.
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O lockdown foi adotado pelo Governo do Ceará para reduzir a curva de casos de coronavírus no Estado. De acordo com Agliberto Ribeiro, diretor do Instituto Ampla Pesquisa, sem o isolamento social rígido, o Ceará entraria em um colapso no sistema de saúde. “Certamente teríamos um cenário gravíssimo. Já estamos praticamente ficando com 100% da ocupação de leitos em boa parte dos municípios. Consequentemente, sem atendimento e sem internação, teoricamente teríamos um número alto de óbitos”, explicou ao GCMAIS.
Demissões
A pesquisa revela que 87,8% dos bares, restaurantes e similares já tiveram que demitir. Desse total 72,90% dos entrevistados já demitiram até 50% de seus colaboradores.
Os dados ainda apontam que 84,5% das empresas irão realizar novas demissões, sendo que 63,3% dessas empresas precisarão demitir até 30% de todos seus funcionários atuais, enquanto os outros 36,7% devem demitir mais de 50% dos seus colaboradores.
Conforme Righetto, o levantamento mostra a “necessidade urgente de medidas para a retomada pela sobrevivência e reparação do setor de alimentação fora do lar”.
Em contrapartida, na primeira semana de março, o governador Camilo Santana anunciou uma série de ações de apoio ao setor de bares e restaurantes. Entre as propostas, está o auxílio emergencial para os profissionais dessa área de atuação. As medidas foram aprovadas pela Assembleia Legislativa do Ceará.
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