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Decreto flexibiliza o funcionamento de clínicas de psicologia durante lockdown no Ceará

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Foto: Pexels / Reprodução

A prorrogação do decreto de isolamento social rígido no Ceará foi publicada neste sábado (20), no Diário Oficial do Estado. O novo documento permite o funcionamento de clínicas de psicologia e clínicas para tratamento de dependência química, inclusive alcoolismo, durante o lockdown.

O anúncio da renovação do decreto foi feito no dia anterior, através de uma transmissão nas redes sociais do governador Camilo Santana. “Essa medida visa única e exclusivamente proteger vocês cearenses e garantir que a gente possa ampliar ainda mais os leitos de UTI”, destacou.

Além de flexibilizar o funcionamento das clínicas, o documento estabelece que o “uso de transporte público coletivo, durante o isolamento social rígido, deve ficar reservado para deslocamentos a atividades essenciais ou para os demais autorizados”.

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O documento ainda mantém a proibição de aglomeração e a circulação de pessoas em espaços públicos ou privados. Entretanto, embora não permita a prática de atividades físicas individuais ou coletivas, o novo decreto afirma que: “À exceção de caminhadas e passeio de bicicletas, fica proibido qualquer uso, individual ou coletivo, agendado ou não, de espaços comuns e equipamentos de lazer, em condomínios de praia, de uso misto (moradia e lazer) e/ou preponderantemente de temporada ou veraneio, inclusive aqueles condomínios certificados e/ou qualificados como “resorts”, ensejando o descumprimento da regra a interdição do correspondente espaço, sem prejuízo da imposição ao condomínio das demais sanções previstas na legislação”.

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Brechas no decreto

Para o estatístico Nonato de Castro, o atual documento tem muitas brechas que dificultam a redução na curva de casos. Em entrevista ao GCMAIS em 12 de março, Nonato afirmou que o pico da segunda onda da pandemia de Covid-19 seria na próxima terça-feira (23). Hoje, em nova análise ao Integrasus, a estimativa mudou. “O negócio é tão grave que já deslocou o pico para frente”, lamenta. Com o novo decreto, embora a estimativa seja que a situação se estabilize em abril, a crise pode se prolongar até maio. “Te confesso que cada vez que confiro esses dados, eu me assusto”.

“Sem querer fazer terrorismo, na situação que estamos hoje, com contaminação em alta e as pessoas nas ruas, a tendência é que a gente fique nesse nível alto, infelizmente, por mais quatro semanas. Então os casos começam a cair, como aconteceu no ano passado”, detalha o estatístico Nonato de Castro, do Instituto Ampla Pesquisa.

Entretanto, surge o problema. “Como não tem vacinação e sendo necessário que metade da população seja vacinada para criar barreiras, os índices de Covid-19 vão cair, mas vão subir de novo. Ou seja: temos uma forte probabilidade de uma terceira onda”, completa o especialista.

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