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Ultrapassando mil mortes, março já é o mês com mais óbitos da segunda onda da covid no Ceará

Foto: Governo do Ceará

O número de mortes causadas pela segunda onda de covid-19 continua crescendo assustadoramente e março já é um dos meses mais trágicos da pandemia para o Ceará. Mesmo faltando mais de uma semana para o fim do mês, o estado já acumula mais de 1000 mortes por conta da doença em pouco mais de 20 dias. Essa perda de vidas não era tão alta desde julho de 2020.

Segundo os dados do IntegraSUS, atualizados na última segunda-feira (22), 1.077 pessoas morreram por complicações da covid-19 durante o mês de março. Além disso, foram diagnosticados 51.659 casos de infecção pelo vírus nesses 22 dias.

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O número de óbitos já supera o de fevereiro, quando foram registrados 939 óbitos, e é mais que o dobro de todo o mês de janeiro, quando a doença ceifou 521 vidas no Ceará.

Considerando que, para os especialistas, a segunda onda da pandemia no Estado começou em outubro de 2020, confira o gráfico com a variação no número de mortes mensais desde o início deste novo momento da doença:

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Destas 1.077 mortes em 22 dias no Ceará, mais da metade são só na Capital. Fortaleza acumula, no mês de março, 575 óbitos, mais do que em fevereiro, quando morreram 470 pessoas na Cidade, e mais que o dobro de janeiro, que registrou 222 mortes.

Leitos no Ceará

Na tentativa de evitar que esse cenário fique ainda mais grave, o sistema de saúde vêm tentando expandir rapidamente a capacidade de atendimento de pacientes com covid-19.

Segundo os dados apresentados pelo governador do Ceará, Camilo Santana, nos últimos quatro dias, o Estado abriu 241 novos leitos em enfermarias e 33 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). No pico da pandemia em 2020, a Secretaria da Saúde do Ceará contabilizava 2.240 leitos em enfermarias. Agora, são 3.264. Nas UTIs, o Estado tinha 911 no pior momento do ano passado, hoje está com 1.192.

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“Mesmo com esse aumento, ainda têm pessoas que estão nas UPAs ou nos hospitais de pequeno porte, aguardando transferência. Porque a demanda tem sido muito maior do que a nossa capacidade de ampliação. E, lembrando, que sempre tem um limite. Um limite até de equipe médica e profissionais para essa ampliação de leitos no Ceará”, alertou Camilo Santana.

Segundo os dados do IntegraSUS, mesmo com a expansão no atendimento para covid, o Ceará apresenta uma taxa de ocupação de 92,53% nos leitos de UTIs e 81,03% nos de enfermarias.

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