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Mesmo com lockdown, índice de isolamento social no Ceará segue abaixo do ideal

Mesmo com lockdown, índice de isolamento social no Ceará segue abaixo do ideal

Foto: Alysson Pontes / GCC

Desde o dia 13 de março, todos os municípios cearenses estão em lockdown, ou seja, com o funcionamento apenas dos serviços considerados essenciais. Mesmo assim, o estado ainda apresenta um índice de isolamento inferior ao ideal.

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Segundo a plataforma In Loco, que monitora a adesão da quarentena no Brasil, o Ceará apresenta uma taxa de isolamento de 43,92%, com os dados atualizados na última terça-feira (23). No dia 11 de março, ainda antes do decreto de lockdown, uma reportagem do GCMAIS constatou que o índice no estado era de 42,27%. O que significa que, mesmo com as restrições, o crescimento do isolamento no Ceará foi pouco expressivo.

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A recomendação dos especialistas é que o mínimo que essa taxa precisa atingir para reduzir os impactos da pandemia é de 50%. O índice ideal, porém, é avaliado em 70%.

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O Ceará conseguiu ficar acima dos 50% na maior parte do período entre o final de março e o início de junho de 2020, quando o estado enfrentava a primeira onda da pandemia. Agora, na segunda onda, essa meta só foi alcançada durante os domingos de março, nos dias 7 (54,7%), 14 (53,5%) e 21 (51,1%).

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O decreto vigente no Ceará, que institui o isolamento social rígido, prorroga as restrições até o dia 28, no domingo. Porém, nos próximos dias, o governador Camilo Santana deve se reunir com o comitê de combate à covid para definir as medidas que serão seguidas nas semanas seguintes. Com a maior parte dos municípios cearenses em situação de alerta alto ou altíssimo para covid-19 (apenas São João do Jaguaribe e Erere estão no nível moderado), há uma expectativa de que o lockdown seja prorrogado.

Na última terça-feira (23), um boletim da Fiocruz recomendou que a maior parte dos estados brasileiros aderissem às medidas de isolamento social rígido. “A coordenação e integração destas medidas, articuladas entre os diferentes níveis de governo e com ampla participação da sociedade, é vital neste momento. Assim, mesmo que vários municípios e estados já venham adotando estas medidas, é fundamental que governos municipais, estaduais e federal caminhem todos na mesma direção para ampliá-las e fortalecê-las, uma vez que a adoção parcial e isolada nos levará ao prolongamento da crise sanitária”, alerta a Fiocruz.

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