O governador Camilo Santana afirmou, neste sábado (27), não temer a impopularidade diante das ações tomadas para conter a segunda onda da pandemia no Ceará. Para o líder do Executivo, quem se omite diante da gravidade da situação, está preocupado apenas com o desempenho na próxima eleição.

“Quero dizer que não temos tomado nenhuma decisão por conveniência, mas unicamente para tentar salvar vidas, procurando sempre seguir a ciência e ser justo. Alguns negacionistas e oportunistas, que se preocupam unicamente com as próximas eleições, fazem tudo para atrapalhar, inclusive promovendo Fake News todos os dias. Esses serão julgados pela história por tanta maldade diante da dor de milhares de famílias”, disse Camilo Santana, nas redes sociais.

O governador disse que busca ser justo nas decisões tomadas em nome do Estado. “Sempre disse que se tiver que falhar, que seja pelo excesso e jamais pela omissão nessa luta para salvar vidas. Não esperem algo diferente de mim”.

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A publicação acontece um dia após o Governo do Ceará anunciar a renovação do decreto de lockdown até 4 de abril, domingo de Páscoa. No dia seguinte, conforme o gestor, caso os índices da Covid-19 apresentam redução, as restrições sanitárias serão flexibilizadas. É importante que a população saiba que esse isolamento social rígido está, exatamente, trazendo o efeito que se buscava, que é reduzir a transmissão e o número de casos no Ceará”, destacou.

Platô
Com o isolamento social rígido decretado pelo governador Camilo Santana, o platô da segunda onda da Covid-19 foi alcançado no Ceará. A estabilização dos casos e uma possível redução nos diagnósticos positivos, anima o Estado, que renovou o decreto de lockdown até o domingo de Páscoa, mas já planeja a retomada gradual das atividades econômicas no dia seguinte, 5 de abril.

“Estamos no platô. Ou seja, os [novos] casos podem cair nos próximos dias. A taxa de recuperação voltou a crescer, ela estava em queda, o potencial de propagação está em 1.07. Se continuar assim, daqui a duas semanas poderemos flexibilizar [as atividades econômicas”, comemora o estatístico Nonato de Castro, do Instituto Instituto Brasil de Pesquisas Inteligentes (IBPI). Conforme o especialista, o ideal é que o potencial de propagação seja inferior a um, que acontece quando uma pessoa infectada transmite a doença para menos de uma pessoa. “Aí se pode começar a pensar em liberar [as atividades]”.

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