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Demanda nas funerárias do Ceará aumentou em março, mas ainda é menor do que na primeira onda da pandemia

Demanda nas funerárias aumentou no mês de março, mas ainda é menor do que na primeira onda da pandemia

Foto: Alysson Pontes / GCC

Como já vinha sendo antecipado pelos especialistas, o mês de março foi um dos piores períodos da segunda onda pandemia de covid-19, com o Brasil batendo recordes nos números de óbitos diários. No Ceará, apesar do estado não ter passado por uma situação tão dramática quanto outras regiões do País, a quantidade de vidas perdidas para a doença já alcança os patamares da primeira onda da pandemia, em 2020.

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Com o aumento no número de mortes por conta da doença, um dos primeiros setores a sentir o impacto é o das funerárias. Segundo o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Ceará (SEFEC), o setor teve um aumento de 50% nas demandas durante todo o mês de março. Apesar de ser um valor considerável, o vice-presidente do órgão, Vicente Jales, afirma que a situação em 2021 está mais controlada do que o que se viu em 2020.

“Este ano temos um cenário mais tranquilo, embora tenha havido o aumento, está diferente dos patamares do ano passado quando chegamos a aumentos superiores a 200%”, explica Vicente.

Ele ressalta, porém, que o SEFEC vem observando outra mudança em relação ao ano anterior: uma oscilação nos atendimentos de um cemitério para o outro. “No ano passado, nós tivemos um aumento em todos os cemitérios. Neste ano não. Tem dia que um cemitério aumenta e no dia seguinte ele já cai. E o outro aumenta”, destaca Vicente, afirmando que o sindicato está estudando estes óbitos para entender o motivo da oscilação.

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O aumento na demanda durante março se soma com o cenário que já vinha sendo observado no início do mês, quando o setor informou um crescimento nos atendimentos em duas semanas.

Sobre a possibilidade de desabastecimento de caixões e outros insumos, o vice-presidente do SEFEC afirma que foi feito um reforço nos estoques das funerárias do estado e, por isso, não há riscos.

“Quando ocorre o óbito a empresa é acionada para prestação do serviço, essa peculiaridade, traz uma constante atenção na manutenção dos estoques. Ainda assim, ao longo do ano, e com a experiência da primeira onda, houve um reforço nos estoques. Achamos pouco provável que tenhamos desafios com desabastecimento, o SEFEC vem alertando e monitorando, semanalmente, para que as empresas estejam atentas”, conclui Vicente.

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Segundo os dados do IntegraSUS, atualizados na noite do último sábado (27), 1.725 pessoas morreram no Ceará por conta da covid-19 só em março. Os números se aproximam do que aconteceu em junho de 2020, quando o estado perdeu 2.038 vidas em apenas um mês.

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