O projeto é fruto de uma parceria entre a UECE e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ceará
Conheça o automatizador de Ambu, tecnologia cearense que pode auxiliar no atendimento de urgência à covid
Desde o início da pandemia de covid-19, a tecnologia tem sido uma parceira essencial na busca de profissionais da saúde em salva vidas. Fala-se, diariamente, sobre a importância dos leitos de UTIs, respiradores mecânicos e outros equipamento que, sem eles, o quadro da pandemia seria ainda mais crítico.
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Porém, no momento de uma emergência, muitas vezes a saída está nos equipamentos mais simples e baratos. É aí que entra o reanimador manual, ou Ambu, um dispositivo simples, de baixo custo, fácil de ser carregado e que já salvou a vida de muita gente neste ano de pandemia.
“Aqueles pacientes que estão com insuficiência respiratória grave, que têm comorbidades, como pneumonia ou AVC, são pacientes que precisam ser ventilados”, explica o enfermeiro Francisco Júnior. Ele destaca que, nessas situações, dentro de uma ambulância, muitas vezes é preciso encontrar uma saída rápida para ventilar um paciente. “Nesse momento, o que temos mais próximo da gente, bem prático, bem fácil de usar, é o Ambu”, explica.
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Dispositivo simples, de baixo custo e que pode ser acionado manualmente. O Ambu é, de fato, um equipamento essencial para um cenário de pandemia. Mas, por outro lado, por mais que seja prático na hora de ventilar um paciente entre um bairro e outro, pode ser extremamente exaustivo em viagens longas, como entre cidades.
Foi aí que entrou um projeto de automatização deste equipamento, desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A ideia surgiu de um dispositivo simples e comum no dia-a-dia das pessoas: um limpador de para-brisa. O movimento repetitivo do acessório usado nos carros em todo o mundo foi a fonte de inspiração para esse projeto.
“A gente resolveu entrar em um projeto audacioso, que é desenvolver um respirador mecânico com tecnologia cearense, tecnologia de baixo custo, com componentes de elevada robustez e fácil aquisição”, destaca Alves, professor de Física e pesquisador da Uece. “Para o uso com equipamento médico você precisa de um controle de velocidade mais refinado [do que o uso nos carros] e isso demanda desenvolvimento. E, além disso, tem o posicionamento, se você posiciona o pressurizador até o final ou só até a metade”, explica o professor.
O projeto é fruto de uma parceria entre a UECE e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ceará. Ainda faltam algumas etapas para o desenvolvimento e a distribuição desses automatizadores de Ambu, como a análise e autorização da Anvisa, por exemplo.
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