A gestão de uma cidade, especialmente uma capital, não é fácil. Ainda mais quando se fala de Fortaleza, a 5ª maior do Brasil e a maior economia do Nordeste. Soma-se a esse desafio a pandemia de covid-19, especialmente quando o início de uma gestão acontece justamente durante o aumento acelerado nos casos por conta da segunda onda.
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Foi esse cenário que José Sarto encarou à frente da Prefeitura de Fortaleza. No último sábado (10), ele completou os 100 primeiros dias na gestão da Capital, período marcado pela luta para preservar vidas e garantir a vacinação.
“Quando assumi, em primeiro de janeiro, era uma sexta-feira, e no dia 4 a gente já teve um relato de aumento de casos de covid-19. E, junto com isso, a gente teve um impacto na área social e na área econômica”, lembra o prefeito.
Mas foi também em janeiro que Fortaleza foi palco de um momento histórico: a aplicação das primeiras doses da vacina contra covid-19.
“Começamos a vacinar no dia 18 de janeiro e, de lá até agora, a gente está priorizando, com muita razão, o combate direto à pandemia. Eu acordo e termino o dia pensando em salvar vidas”, afirma Sarto.
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Desde então, 348.237 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra covid e outras 112.097 foram contempladas com o reforço. Com o auxílio de vários centros de vacinação espalhados pela Capital, a campanha vem avançando rapidamente, imunizando os grupos prioritários. Sarto chega aos 100 dias com a segunda fase da campanha em andamento e prestes a começar a vacinação dos profissionais da área da segurança, que começa neste domingo (11).
Além disso, a segunda onda da pandemia trouxe, também, a pressão na rede de saúde da Capital. Por isso, houve um esforço em ampliar o número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias na rede do Município. Atualmente, a população conta com 906 leitos para atendimento exclusivo de pacientes com covid-19.
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Porém, com o aumento da transmissão do vírus, a Capital também precisou enfrentar um lockdown, na busca por impedir as locomoções e reduzir o número de casos. A Cidade chega aos 100 primeiros dias da nova gestão ainda em um quadro preocupante, mas já mostrando uma redução no número de casos, resultado do isolamento rígido.
Acontece que suspender o funcionamento do comércio, serviços e outras diversas atividades também causa impactos na economia. Nesse momento, a Prefeitura tem uma função essencial no investimento em proteção social aos mais vulneráveis.
“Nós lançamos um pacote de proteção social promovendo renda mínima e segurança alimentar para a população mais vulnerável. São R$ 31 milhões para 392 mil pessoas. Num momento tão grave como esse, temos de lembrar que a saúde da nossa gente depende também de ter comida na mesa. É o mínimo. E também lançamos um pacote de socorro fiscal, que, neste momento, alivia o contribuinte e dá um gás para as empresas se recuperarem”, explica Sarto.