A pandemia do novo coronavírus tem incitado uma série de pesquisas na busca por medicamentos, vacinas, tratamentos alternativos e por aí vai. Todas as possibilidades estão sendo estudadas e cada área da saúde trabalha na busca por respostas. Uma pesquisa da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, mostrou que os enxaguantes bucais, por exemplo, podem matar o coronavírus em 30 segundos. Os cientistas descobriram que há sinais promissores de que os bochechos com enxaguante bucal possam ajudar a destruir o vírus na saliva. Mas as evidências ainda são mínimas para oficializar esse tipo de tratamento como regra no combate à Covid-19.
Ainda falando de saúde bucal, outro fator que vem preocupando pacientes são os dentes. Algumas queixas, como dores e inflamações nessa área, têm sido levadas aos consultórios. A dentista Nathalia da Escossia explica que o cuidado com os dentes e a gengival é essencial para evitar a troca de bactérias entre a boca e os pulmões, reduzindo o risco de doenças pulmonares. “A doença periodontal pode aumentar ainda mais a liberação de citocinas via microflora alterada, expressão de múltiplos receptores virais, superinfecção bacteriana e aspiração de patógenos periodontais. A higiene oral inadequada pode agravar a infecção por SARS-CoV-2.
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Se de um lado o cuidado com os dentes deve ser redobrado, do outro os efeitos do coronavírus nessa parte do corpo também podem ser sentidos. “Sobre problemas de saúde bucal e o coronavírus encontramos a doença periodontal que compreende um grupo de doenças que envolvem aspectos inflamatórios e afetam os tecidos periodontais, podendo apresentar perda óssea e podem ter implicações sistêmicas”, explica.
Sobre a dúvida de muitos pacientes, se a Covid amolece os dentes, ela esclarece: “ Não existe nenhuma relação com esse episódio. É importante conhecer o histórico de problemas dentários do paciente antes de contrair a SARS-CoV-2. Saber que a DP está associada a COVID-19 grave pode ajudar a identificar grupos de risco e estabelecer recomendações pertinentes.”
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A dentista ainda indica a troca da escova de dente pós-Covid, mesmo sem a certeza de ter tido a doença. “Se você está se recuperando de uma doença, inclusive se seu teste deu positivo ou se você acredita ter tido COVID-19, é recomendável trocar sua escova de dentes”.
Outro aspecto nesse período, segundo a especialista, precisa ser observado: o aumento de bruxismo e sensibilidade dentária da população diante de transtornos psicológicos decorrentes da pandemia. Por isso ela recomenda que os pacientes procurem um profissional para estudar caso a caso e assim aliviar as dores e os incômodos relacionando a esse período pandêmico.
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