VACINAÇÃO

Casos de Covid-19 diminuem entre a população indígena do Ceará

Os maiores polos de concentração de povos indígenas no Ceará ficam nos municípios de Caucaia, Maracanaú, Poranga, São Benedito, Itarema e Monsenhor Tabosa.

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19 de abril de 2021
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Em paralelo à campanha de vacinação contra a Covid-19, os casos da doença entre a população indígena vêm diminuindo consideravelmente. De acordo com os dados mais recentes do Vacinômetro da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), 92,24% das primeiras doses distribuídas já foram aplicadas neste grupo (18,8 mil pessoas). Em relação às segundas doses, 86,44% desta parcela populacional já receberam o reforço do imunizante (17,6 mil pessoas).

Casos de Covid-19 diminuem entre a população indígena do Ceará
Foto: Governo do Ceará

Os maiores polos de concentração de povos indígenas no Ceará ficam nos municípios de Caucaia, Maracanaú, Poranga, São Benedito, Itarema e Monsenhor Tabosa – territórios que já têm quase 100% dos povos originários vacinados.

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O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Ceará, Neto Pitaguary, ressalta que os casos vêm diminuindo à medida que as pessoas vão sendo imunizadas e que é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança, como uso correto de máscaras, álcool em gel e distanciamento social.

“Nós estamos no front do combate a esta doença e observamos que, após a vacinação, nenhum indígena precisou ser internado ou desenvolveu a doença de forma grave. E isso é muito positivo. Mas ainda reforçamos os cuidados que a comunidade precisa ter, mesmo após a segunda dose da vacina”, orienta Neto Pitaguary. “Mesmo que não desenvolvam a doença, podem contaminar quem ainda não foi vacinado, então reforço aqui meu pedido de atenção ao isolamento, uso de máscaras e álcool em gel”, continua.

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População com alta vulnerabilidade social

Segundo Magda Almeida, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, a vacinação dos indígenas é importante porque cobre uma população com alta vulnerabilidade social. “A imunização vem numa articulação própria da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), junto com os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), então é extremamente direcionada”, diz.

A articulação com os movimentos sociais e com a Sesai, de esclarecimento, avalia Magda, fez com que o Ceará tivesse uma boa adesão da população indígena para a vacinação. “Assim, eles ficam mais protegidos, rompendo a cadeia de transmissão do coronavírus”.

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Na comunidade da Lagoa Encantada, no município de Aquiraz, Carline Alves, da etnia Jenipapo-Kanindé, comemora que toda a sua comunidade já foi vacinada com a primeira e a segunda doses da vacina contra a Covid-19.

“É emocionante ver todo o nosso povo vacinado depois de tanto medo e incertezas. Essa pandemia ainda nos assusta muito, mas estamos vencendo ela aos poucos e com muita bravura”, frisa ela, que tem 33 anos.

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