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Covid no Ceará: ‘nosso maior desafio ainda está nas ocupações das UTIs’, diz especialista

Média de mortes por covid-19 aumenta dez vezes na Capital em um mês

Foto: Thiago Gaspar / Prefeitura de Fortaleza

O Ceará começa a sair da segunda onda da pandemia de covid-19 antes de diversos estados brasileiros. Enquanto a maior parte dos estados do Brasil ainda estão em fase de estabilidade ou aumento do número de mortes, o Ceará está entre os locais que já apresentam uma redução na quantidade de vítimas diárias da covid.

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Mas, assim como vêm alertando as autoridades, ainda não é o momento de relaxar no combate ao vírus. Os dados do IntegraSUS mostram que o quadro da pandemia do Estado ainda é alarmante. Na noite da última segunda-feira (19), 177 municípios apresentavam alerta altíssimo para covid-19 e os outros sete restantes estavam em alerta alto.

Segundo Agliberto Ribeiro, diretor do Instituto Ampla Pesquisa, mesmo para quem trabalha com estatísticas é difícil antecipar o comportamento da pandemia. Mas os dados são capazes de indicar quais são os pontos críticos no combate à covid no Ceará neste momento.

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“Hoje, o nosso maior desafio ainda está na alta taxa de ocupação de leitos de UTIs”, afirma o especialista, amparado nos dados do IntegraSUS. A plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará marcava, na noite da segunda-feira, uma ocupação de 94,26% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado. Nas enfermarias, o índice marca 82,25% dos leitos ocupados. Segundo os dados atualizados no último sábado, o Ceará conta com 5.401 leitos exclusivos para pacientes com covid.

Porém, Agliberto Ribeiro também destaca que a transmissão do vírus está em um patamar baixo, o que reforça a tendência de queda no número de casos de covid. “O que sabemos é que a taxa de reprodução do vírus está abaixo de ‘1’, o que é um fator importante para mantermos essa tendência de queda”, explica.

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Por fim, ele reforça que a continuidade da retomada dos serviços e atividades econômicas no Ceará ainda depende dos dados que serão apresentados nos próximos dias. “O período de incubação do vírus tem variação de 1 a 14 dias, geralmente ficando em torno de 5 dias. Acreditamos que se os números se mantiverem em baixa nas próximas semanas, isso nos qualificará a entrarmos nas novas fases de liberação das atividades não essenciais”, antecipa.

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