O jovem relata que, por sorte, não sofreu nenhum ferimento
Explosão na White Martins: “a porta caiu em cima de mim”, conta um dos moradores
Parecia uma manhã de sábado tranquila e comum. Em casa, na avenida Francisco Sá, o estudante de Direto, Lauro Ariel, de 20 anos, dormia em seu quarto, no térreo, enquanto a tia estava na cozinha. Porém, por volta das 10h30, a aparente tranquilidade foi cortada por um som ensurdecedor, uma explosão. A fábrica de oxigênio da White Martins, cerca de 100 metros da casa, explodiu.
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“Eu estava dormindo aqui no andar de baixo, no meu quarto”, conta o estudante em entrevista ao GCMAIS, lembrando dos momentos anteriores à explosão. “Eu acordei muito assustado, a casa estava tremendo! Eu tive uma ideia absurda, pensei que fosse um tsunami!”.
Lauro Ariel conta que acordou com uma das portas da casa caindo em cima dele. “A porta caiu em cima de mim! Aqui tem três portas, duas de madeira e uma de plástico, sanfonada. A porta sanfonada, a mais leve, graças a Deus, caiu em cima de mim!”.
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O estudante diz que teve sorte de não ter se ferido. Se estivesse na sala, que também fica no térreo da casa, teria sido atingido pelos estilhaços de uma janela que estourou. No andar de cima, a situação teria sido ainda pior. Além dos cacos de vidro de uma outra janela, ele poderia ter sido vitimado pelos pedaços do forro do teto que desabou.
“Ninguém na minha casa se feriu, nem eu, que a porta caiu em cima de mim, eu não me feri. Mas é porque eu estava aqui embaixo. Lá em cima, o teto desabou. Se eu estivesse lá em cima, o gesso tinha caído em cima de mim”, conta, acrescentando que os pedaços do forro chegaram a quebrar uma cama no andar superior.
O restante do dia foi de tensão para Lauro Ariel e os demais moradores do entorno da fábrica de oxigênio. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados para o local e começaram a verificar os danos causados pela explosão. A região foi interditada e as casas foram vistoriadas.
Pelo menos seis pessoas não tiveram a mesma sorte que Lauro Ariel e precisaram ser levadas para o Instituto Dr. José Frota (IJF). Até as 18h do sábado (24), quatro já haviam recebido alta, mas duas vítimas continuaram no local para observação médica.
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Em entrevista à TV Cidade Fortaleza, o Coronel Zélio, do Corpo de Bombeiros, afirmou que as causas do incidente ainda seriam identificadas por um laudo da perícia. “A princípio, não se pode afirmar nenhum tipo de causa do ocorrido. Haverá equipes especializadas para isso, mas o momento é de resolver a situação e resolver o risco”, disse o coronel.
A Defesa Civil de Fortaleza realizou uma vistoria nos prédios da região, que ficaram interditados até o final da inspeção. Mais tarde, já no início da noite, Lauro Ariel conta que os moradores receberam a visita de executivos e dos engenheiros da White Martins, que se comprometeram a pagar todos os prejuízos. “Não disseram o tempo exato, mas até a próxima semana vão encaminhar isso”, diz o estudante.
Durante a entrevista ao GCMAIS, na noite do sábado (24), o jovem relatou que a casa apresentava várias rachaduras no teto e nas paredes, mas que, mesmo assim, ele e a tia iam dormir lá, nos locais que pareciam seguros. “A gente vai passar a noite em casa. Aqui no quarto da minha tia, o gesso está deteriorado, então eu acho que ela deve dormir no corredor, na sala, ou no meu quarto”, conta Lauro Ariel.
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