No retorno das atividades econômicas, na segunda-feira (26), alguns setores contemplados no último decreto do Governo do Ceará ainda afirmam que existem incertezas. As barracas da Praia do Futuro ficaram vazias e algumas nem abriram para não ter prejuízo. Já as escolas públicas ainda aguardam definições para o retorno definitivo. As unidades de ensino tiveram autorização para retornar com as aulas das séries finais do ensino fundamental, mas a medida preocupa alguns professores.
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“Nós fomos pegos de surpresa. Ainda não sabemos como está a estrutura das escolas públicas, como vai ser viabilizado o transporte escolar das crianças e nem como garantir a segurança alimentar. A gente estranhou um retorno sem condições e sem um planejamento mais específico”, informou Enedina Soares, presidente da Federação do Trabalhadores do Serviço Público Municipal no Ceará (Fetamce). A maior preocupação é com a saúde dos profissionais de educação que atuam fora do setor privado.
“Temos um grande percentual de professores que possuem comorbidades. Acreditávamos que bastaria imunizar esse público, mas percebemos que a covid-19 se tornou mais agressiva e que seria mais adequado esperarmos pela imunidade de rebanho, quando 70% da população estiver vacinada”, explica Enedina Soares. A categoria aguarda a operacionalização do retorno às aulas para saber como poderá atender os alunos da rede pública sem colocar em risco a saúde de estudantes e professores.
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Outro setor que demonstra preocupação inclui as barracas de praia. O motivo é que as atividades foram retomadas apenas parcialmente e ainda não há previsão de atendimento nos fins de semana.
“Estamos muito felizes, claro. A gente já tinha estranhado que o funcionamento não tivesse voltado na mesma época dos restaurantes. Mas também sabemos que o faturamento nas barracas, de segunda até sexta-feira, só corresponde a 20%. Outros 20% de lucro vem aos sábados e cerca de 60% é o faturamento aos domingos. Do jeito que está é melhor do que nada. Comemoramos, mas ainda estamos um pouco apreensivos”, afirma Flávio Costa, vice-presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro.
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No primeiro dia de abertura das barracas, muitos estabelecimentos permaneceram fechados. O fluxo de banhistas também foi pequeno e a praia ficou praticamente deserta. Para quem abriu, foi um dia destinado para a organização e limpeza do espaço, principalmente da área fora da faixa da areia.