O Governo Federal recusou 11 ofertas formais de fornecimento de vacinas contra a Covid-19. A estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para negar as propostas foi ignorando o oferecimento de imunizantes. O número de ofertas rejeitadas se baseia apenas nos episódios comprovados por documentos e deve crescer conforme avancem as investigações na Comissão Parlamentar de Inquérito aberta no Senado nesta terça-feira (27).
Das onze recusas efetivadas através de documentos, seis são referentes à CoronaVac. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, assinou três ofícios oferecendo o imunizante. O primeiro foi em 30 de julho de 2020. O segundo, em 18 de agosto do ano passado. Sem sucesso nas duas tentativas, o próprio Dimas Covas entregou uma terceira edição do documento pessoalmente ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em 7 de outubro. Mas, ainda assim, não houve êxito.
Esperança fragilizada
Com quase 400 mil mortes no País, a esperança de contar com a vacina russa Sputnik V ficou fragilizada após o anúncio da decisão da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) de reprovar a importação e aplicação do imunizante no Brasil, na última segunda-feira (26).
De acordo com os fabricantes da vacina, a decisão da Anvisa foi motivada por questões políticas.
O governador Camilo Santana se posicionou. “Avaliamos a decisão tomada ontem pela Anvisa e os próximos passos a serem dados pelo fabricante para que o processo tenha prosseguimento de forma célere e segura”, afirmou.
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