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Biden promete ‘o maior plano de criação de empregos desde a Segunda Guerra’

Suprema Corte dos Estados Unidos veta ordem de Biden para impor vacinação ou testes contra Covid-19 em empresas

Biden teve argumento rebatido na decisão da Suprema Corte. Foto: Reprodução / Twitter

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, afirmou que o país vai crescer este ano no maior ritmo em quatro décadas e prometeu mais emprego, durante discurso no Congresso para marcar os 100 dias de governo.

Em sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado, ele lembrou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê o crescimento da economia norte-americana a uma taxa de 6% já este ano, em discurso indicando que o país está virando a página da crise. “Os Estados Unidos estão outra vez em movimento. Não podemos parar agora”, disse.

Biden acrescentou que o país emerge da crise sem precedentes provocada pela pandemia de covid-19, citando a fratura da sociedade e os ataques à democracia impulsionados pelo antecessor, o republicano Donald Trump.

“Há 100 dias, os Estados Unidos estavam em chamas”, disse o democrata, afirmando que as ações do Executivo mudaram as perspectivas do país.

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As ações de Biden durante a pandemia

Ao lembrar que herdou o combate à covid-19 quando iniciou o mandato, em 20 de janeiro, Joe Biden defendeu que a campanha de vacinação é “um dos maiores sucessos logísticos” na história do país.

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“Prometi 100 milhões de vacinas [contra a] covid-19 em 100 dias”, disse o político, destacando que esse número foi afinal mais que o dobro, 220 milhões.

“Mais da metade dos adultos receberam pelo menos uma dose”, disse Biden, acrescentando que “a morte de idosos baixou 80% desde janeiro”.

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Classe média, emprego e ensino

O discurso ficou marcado também pela defesa da classe média norte-americana, com propostas econômicas para apoiar os mais afetados pela crise sanitária e aumentar os impostos dos mais ricos.

“Wall Street não construiu este país. A classe média construiu este país, e os sindicatos construíram a classe média”, disse Biden, defendendo o combate ao fosso entre os mais ricos e os mais pobres.

“Vinte milhões de americanos perderam o emprego durante a pandemia”, recordou, frisando que, “ao mesmo tempo, cerca de 650 bilionários viram a sua riqueza aumentar mais de US$ 1 trilhão”.

“É tempo de as empresas americanas e o 1% mais rico começarem a pagar a sua parte”.

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O aumento de impostos que Biden propõe, de 39,6% para os que ganham mais de US$ 400 mil por ano, é o que estava em vigor quando o republicano George W. Bush “se tornou presidente”, indicou.

O democrata disse ainda que, durante os primeiros 100 dias do mandato, foram criados “mais de 1,3 milhão” de postos de trabalho, “mais do que qualquer presidente” no mesmo período. Segundo ele, o programa de criação de emprego, apresentado no início do mês, representa investimento de US$ 2,3 trilhões em infraestrutura. “É o maior plano de criação de emprego desde a Segunda Guerra Mundial”.

Biden voltou a defender o aumento do salário mínimo para US$ 15 por hora, uma proposta rejeitada pelos senadores republicanos durante a discussão do pacote de estímulo econômico. Alertou ainda os legisladores para a necessidade de baixar o preço dos medicamentos.

Essa decisão teria impacto na prescrição de fármacos pelo Medicare, serviço de seguros de saúde gerido pelo governo para cidadãos com rendimentos mais baixos, que atualmente está impedido de negociar diretamente o preço dos remédios com as farmacêuticas.

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Durante sua campanha, Biden prometeu reverter esse impedimento, mas a legislação ainda não foi submetida à apreciação do Congresso.

O presidente dos EUA apresentou também proposta para um serviço pré-escolar universal e dois anos de frequência gratuita nas faculdades públicas, entre outras medidas.

*Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

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