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Universitários brasileiros estão entre os mais afetados em relação à saúde mental na pandemia

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Foto: UECE/Divulgação

De acordo com o recente estudo “Global Student Survey”, que ouviu 16,8 mil estudantes de graduação, de 18 a 21 anos, entre 20 de outubro e 10 de novembro de 2020, sete em cada dez universitários brasileiros (76%) declaram que a pandemia de Covid-19 trouxe impacto na sua saúde mental. Esse é o maior índice registrado em 21 países analisados. Para a maior parte (87%), a pandemia aumentou o estresse e a ansiedade. Entre os entrevistados, apenas 21% buscaram ajuda.

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Outro estudo da  Semesp (Associação Profissional das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) apontou que 608 mil alunos desistiram ou trancaram o curso do ensino superior. Entre as dificuldades enfrentadas, estão os desafios de acesso à internet e aos aparelhos com configurações adequadas para acompanhar as aulas.

Diante desse cenário de dificuldade, as universidades de todos País decidiram flexibilizar prazos de conclusão de cursos, de forma a amparar os estudantes que, de alguma forma, foram afetados com os impactos da pandemia, seja por motivo de ordem pessoal ou prejuízo direto para a realização de seus estudos e pesquisas.

Na Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPPG) implantou, em junho de 2020, um planejamento de atividades que decidiu conceder prorrogação excepcional dos prazos de vigência de bolsas e de conclusão de cursos de pós-graduação no âmbito da UFC todos os estudantes, ativos,  com cinco meses de extensão do prazo regulamentar para a conclusão do curso. Dessa forma, os estudantes ganharam mais tempo para concluírem suas pesquisas de dissertação de mestrado ou tese de doutorado.

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Na Universidade Estadual do Ceará (UECE), a instituição tem procurado prestar assistência aos estudantes que tiveram problemas para a continuidade de suas atividades e elaborou uma cartilha com dicas para que os discentes possam proteger sua saúde mental em tempos de pandemia. O assunto é discutido também em sala de aula, através do curso de especialização em Saúde Mental, que abriu seleção para sua 18ª turma no início deste mês. O objetivo do curso é “capacitar profissionais em saúde mental utilizando aspectos teóricos-práticos da Psicologia, Psiquiatria e da Psicopatologia, voltados para o atendimento das necessidades humanas básicas em desequilíbrio” e dar “subsídios em relação a farmacoterapia das psicopatologias; e o manejo com a população sobre o uso indiscrimado de psicofármacos”.

O tema também gera discussões na Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA). Ano passado, inclusive, o Grupo de Estudo e Pesquisa Saúde Mental e Cuidado da UVA de Sobral desenvolveu, em parceria com a UECE e a UFC, uma pesquisa sobre a situação de saúde mental dos estudantes do ensino superior do Estado. Intitulado “Repercussões da Pandemia do Novo Coronavírus na Saúde Mental de Estudantes do Ensino Superior”, o estudo procurou analisar os aspectos emocionais relacionados às condições em que os estudantes são expostos em decorrência da Covid-19.

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