A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) divulgou nesta terça-feira (11) os resultados de um estudo que apontou que a média de acidentes com mortes em Fortaleza caiu 67% em vias que tiveram a velocidade readequada nos últimos cinco anos (entre 2016 e 2020). O levantamento considerou dados de acidentes contabilizados no período antes e depois da implantação de 50 km/h nas avenidas Presidente Castelo Branco, Osório de Paiva, Francisco Sá e Augusto dos Anjos.
A partir dos dados também foi possível concluir que o quantitativo de acidentes com vitimas feridas também apresentou queda de 20,9%, enquanto os índices de atropelamento sofreram queda de 19,7%.
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De acordo com a superintendente da AMC, Juliana Coelho, as medidas de readequação da velocidade visam garantir a segurança de todos os usuários, principalmente, dos mais frágeis como pedestres e ciclistas. “Ao reduzir a velocidade máxima de 60 para 50 km/h, estamos aumentando em dez vezes a chance de uma pessoa atropelada sobreviver”, afirmou Juliana.
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Velocidade regulamentada
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a velocidade máxima de vias urbanas seja 50 km/h. Em Fortaleza, de janeiro a maio de 2021, as avenidas José Leon, Vereador Pedro Paulo, Leste-Oeste (trecho entre Jacinto Matos e Dom Manuel), Santos Dumont, Dom Luís, Bernardo Manuel, João de Araújo Lima, Osório de Paiva (trecho entre Perimetral e Quarto Anel Viário), Abolição, Historiador Raimundo Girão e Antônio Sales tiveram o novo limite estabelecido, mas ainda em caráter educativo sem aplicação de penalidade para os que excederem o novo limite.
Veja a tabela com as velocidades permitidas nessas e em outras vias da Capital:
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“A velocidade é reconhecida como um dos principais fatores de risco de acidentes de trânsito, contribuindo tanto para ocorrência quanto para a gravidade. Adotamos essa prática, já comprovada internacionalmente, para continuarmos salvando vidas. A medida não tem qualquer fim arrecadatório, tanto é que sempre damos um período educativo de seis meses para que os motoristas se adequem”, reforça a superintendente da AMC.
Riscos
A AMC alerta ainda que mais rápido um veículo estiver trafegando, maior será o impacto de um acidente de trânsito. Dessa forma, a velocidade afeta não só o risco de ocorrência de um sinistro, mas a gravidade com que ele ocorre.
A velocidade elevada compromete a visão periférica que o motorista tem de seu entorno, advertem os especialistas em trânsito. Quanto maior a velocidade, menor o alcance da visão periférica, de tal forma que a percepção do motorista sobre os elementos da via diminui.
Uma redução de até 5% na velocidade do veículo pode resultar em 30% menos acidentes fatais.
Lista de vias que tiveram a velocidade readequada nos últimos seis anos:
Av. Beira Mar: 40 km/h
Av. Monsenhor Tabosa: 40 km/h
Rua Paulo Firmeza: 40 km/h
Rua Mons. Salazar: 40 km/h
Rua Ana Bilhar: 40 km/h
Rua Canuto de Aguiar: 40 km/h
Rua Pe. Guerra: 40 km/h
Rua Dom Manuel de Medeiros : 40 km/h
Av. Abolição: 50 km/h
Av. Antônio Sales: 50 km/h
Av. Augusto dos Anjos: 50 km/h
Av. Bernardo Manuel: 50 km/h
Av. Cel. Carvalho: 50 km/h
Av. Dom Luís: 50 km/h
Av. Duque de Caxias: 50 km/h
Av. Francisco Sá: 50 km/h
Av. Frei Cirilo: 50 km/h
Av. Gal. Osório de Paiva: 50 km/h
Av. Gomes de Matos: 50 km/h
Av. João de Araújo Lima: 50 km/h
Av. José Leon: 50 km/h
Av. Pres. Castelo Branco: 50 km/h
Av. Santos Dumont: 50 km/h
Rua Alberto Magno: 50 km/h
Rua Vereador Pedro Paulo: 50 km/h