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Rendimentos da população mais rica são quase 40 vezes maiores que os mais pobres em Fortaleza

Rendimentos da população mais rica são quase 40 vezes maiores que os mais pobres em Fortaleza

Foto: Mateus Dantas / CMFOR

Divulgado neste mês de maio, o boletim “Desigualdade nas Metrópoles”, desenvolvido pelo Observatório das Metrópoles com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD contínua), aponta que 2020 foi o ano de maior desigualdade nas regiões metropolitanas desde o início da série, em 2012.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza, o sociólogo Davi Moreno afirmou que o abismo existente entre as rendas dos trabalhadores mostra problemas estruturais presentes na história do Brasil. Ouça:

https://gcmais.com.br/wp-content/uploads/2021/05/DAVI-MORENO.mp3?_=1

 

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O boletim mostra que os rendimentos dos 10% mais ricos da Região Metropolitana de Fortaleza são 38,8 vezes maiores que dos 40% mais pobres. É a 10ª maior diferença entre metrópoles brasileiras, atrás, por exemplo, de João Pessoa, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Maceió e São Paulo.

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O boletim traz, ainda, o cálculo do Coeficiente de Gini, índice que mede a desigualdade das distribuições de renda, variando de 1 a 0. Quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade, e de 0, menor, como explica o mestre em economia, Gregório Matias.

https://gcmais.com.br/wp-content/uploads/2021/05/GREGORIO.mp3?_=2

 

Segundo o sociólogo Davi Moreno, desde 2013, o Brasil sofre os reflexos da crise econômica internacional que paralisou os patamares de crescimento. Ele acredita que o cenário se intensificou a partir da crise financeira desencadeada pela pandemia, com o fechamento das atividades econômicas.

“É claro que, com o advento da pandemia, houve uma tendência ainda maior de uma desaceleração da economia e, consequentemente, os efeitos disso nos níveis de empregabilidade e na massa salarial geral da classe trabalhadora, além dos níveis de desigualdade de renda”, complementa Davi Moreno.

Além da retomada econômica, especialistas acreditam que outras medidas também podem auxiliar na recuperação do crescimento econômico, como a reestrutura do mercado de trabalho e a garantia do acesso à educação.

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