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Longa jornada de trabalho pode ocasionar risco de morte por AVC ou derrame, aponta pesquisa

Foto: Unsplash

Segundo estudo conjunto realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado pela revista Environment International, longas jornadas de trabalho, com carga igual ou superior a 55 horas semanais, acarreta em risco de morte por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

O estudo concluiu que trabalhar muitas horas por semana aumenta em 35% o risco de apresentar um acidente vascular cerebral e em 17% o risco de falecer devido à cardiopatia isquêmica se comparado com aqueles que têm uma jornada laboral de 35 a 40 horas na semana.

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A investigação foi realizada por análise global. Somente em 2016, as longas horas de trabalho derivaram em 398.000 pessoas mortas por acidente vascular cerebral e 347.000 de doença isquêmica do coração como resultado do trabalho excessivo. Entre 2000 e 2016, o número de mortes por doença isquêmica do coração aumentou 42% e os acidentes vasculares subiram 19%.

O cirurgião e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Dr. José Glauco Lobo Filho, ressalta que apesar do resultado da pesquisa apontar maior risco de morte por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais devido às longas horas de trabalho, uma análise científica deve ser realizada de forma mais concreta para entender todos esses índices.

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“São inúmeros os fatores que levam um indivíduo a desenvolver problemas cardíacos. A diabetes, a hipertensão, as epidemias, a síndrome metabólica, as pessoas sedentárias que não praticam atividades físicas, o estresse, a má alimentação e a hereditariedade. Todas essas condições favorecem o desenvolvimento de doenças cardíacas. É todo um contexto”, analisou o médico.

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Dados utilizados como fundamento na pesquisa

Os dados foram coletados de 37 estudos de doença cardíaca isquêmica que incluíram mais de 768.000 participantes e 22 estudos sobre acidente vascular cerebral com mais de 839.000 participantes. O estudo cobriu os níveis global, regional e nacional e foi baseado em dados de mais de 2.300 pesquisas coletadas em 154 países entre 1970 e 2018.

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