O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em depoimento na CPI da Covid durante a manhã desta quinta-feira (20), culpou o Governo do Amazonas pelo colapso do sistema de saúde que aconteceu em janeiro deste ano.
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Ao ser questionado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a falta de oxigênio em Manaus, o ex-ministro atribuiu ao governo estadual e à empresa fornecedora de oxigênio, White Martins, a responsabilidade pelo caos que resultou na morte de pacientes na capital do Amazonas. Segundo ele, a Secretaria Estadual da Saúde “não tinha como foco o acompanhamento do insumo fornecido”.
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“A empresa White Martins, que é a grande fornecedora de oxigênio, já vinha consumindo sua reserva estratégica e também não foi clara em relação a isso”, afirmou Pazuello. “”Mas se a Secretaria de Saúde [do estado] tivesse acompanhado de perto, teria descoberto que estava sendo consumida uma reserva estratégica”.
Durante o depoimento, o ex-ministro afirmou que só ficou sabendo do problema depois que ele já havia acontecido. “Da nossa parte, nós fomos muito proativos quando tomamos conhecimento”, afirmou.
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Pazuello também deu explicações sobre o aplicativo TrateCov e informou que ele foi criado por sugestão da secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, que também será ouvida na CPI. Segundo ele, a versão do aplicativo que foi apresentada não estava finalizada e foi roubada por um hacker.
“Naquele dia que foi apresentado, foi feito um roubo dessa plataforma e foi feito um BO [boletim de ocorrência]. Foi roubado. Ele foi hackeado por um cidadão. Tem uma investigação que chega nesse cidadão, ele foi descoberto, pegou o diagnóstico, alterou dados e colocou na rede pública”, afirmou Eduardo Pazuello.
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