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Pedagogia, a ciência que conduz crianças e adolescentes ao futuro

Pedagogia, a ciência que conduz crianças e adolescentes ao futuro

Foto: Freepik

O transporte das crianças ao seu local de estudo era o papel específico de um grupo de servos na Grécia Antiga. Os pedagogos, como eram conhecidos, guiavam literalmente as turmas aos espaços onde assimilavam conteúdos e recebiam instruções de seus preceptores. Inclusive é por isso que a palavra pedagogia significa a junção exata de dois termos do período, paidós (criança) e agogé (condução).

O tempo passou e, após a dominação romana sobre os gregos, esse trabalho ganhou continuidade e foi expandido. Os responsáveis por levar os alunos ao encontro com o momento de aprendizagem se tornaram também orientadores de todo o processo educacional, especialistas no trato com o público infantil e jovem.

O trabalho permaneceu, por algumas eras, em um modelo de serviço com características análogas à escravidão, mesmo sendo sempre observado, discutido e destacado devido à sua grande influência na formação dos novos membros das sociedades.

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Mais tarde, entre os séculos XVII e XVIII, o debate sobre educação se aproximou de forma ainda mais visceral da pedagogia, propondo uma atualização do seu formato, com o objetivo de confirmar os profissionais da área como orientadores das crianças nas etapas de conexão com os saberes transmitidos em sala de aula.

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Os pedagogos se tornaram professores da educação, com a missão de compreender os indivíduos e estabelecer junto a eles as melhores rotas para as respectivas trajetórias escolares ou acadêmicas.

Brasil

No Brasil, os primeiros cursos de pedagogia datam da década de 30, ano em que diversos intelectuais precursores do ramo em território nacional se uniram ao redor do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”.

O texto era composto por uma série de reivindicações, como o ensino universalizado e acessível para todos e a construção urgente de mais centros de ensino. É deste documento que surge, por exemplo, a ideia da construção da Universidade de São Paulo, em 1934, e a Universidade do Distrito Federal, um ano depois.

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Com o Estado Novo, o presidente Getúlio Vargas estabeleceu a Universidade do Brasil e, algum tempo depois, em 1939, o curso de Pedagogia foi regulamentado, com a possibilidade de formação profissional no campo da didática.

Importância

O breve resgate histórico pode ser cansativo, mas é fundamental para a compreensão, ainda que superficial, acerca da importância dos pedagogos e pedagogas para o desenvolvimento dos cidadãos e cidadãs que nascem com a ajuda da escola.

É de responsabilidade deles a organização das práticas que serão utilizadas para levar os jovens à compreensão das informações transmitidas em sala, além da preocupação com a evolução das estruturas culturais de cada um deles. Trata-se da pura e plena mediação dos procedimentos de ensino, visando garantir a capacidade de aprender, dentro e fora das instituições de ensino.

“O Pedagogo entende e promove as transformações necessárias para que haja um processo de ensino-aprendizagem eficiente e eficaz. É uma ciência da, e para, a educação, que sempre está buscando, a partir da ação e reflexão, aprimorar o campo do conhecimento que se ocupa da prática educativa como componente integrante da atividade humana, como fato da vida social, inerente ao conjunto dos processos sociais”, comentou a professora Sandra Mara Ferrari, Orientadora Pedagógica do Ensino Fundamental do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília Internacional.

Reflexões

Em geral, o pedagogo trabalha em um solo muito fértil. Possui fundamental relevância nos ambientes escolares e não escolares, como instrumento mobilizador de competências e habilidades na análise crítica das situações – aliando os princípios éticos, estéticos, políticos e de construção da identidade individual e coletiva.

É o profissional que contribui no ensino teórico-prático da inclusão do saber. Com o olhar sensível e afetuoso. Identifica e executa demandas emergentes no fortalecimento ao trabalho contínuo educativo e no desenvolvimento de uma aprendizagem significativa ao estudante.

Neste 20 de maio, Dia do Pedagogo, é importante, no entanto, além de todas as homenagens a quem é essencial ao futuro saudável de crianças e adolescentes, estender as reflexões provocadas pela atuação dos pedagogos e pedagogas a outros setores da sociedade.

Por exemplo, como reconstruir a educação para que ela seja efetiva com as novas ferramentas tecnológicas, com outros conceitos sociais, com as diferentes normas estipuladas? Como permitir o acesso democrático ao ensino, enfrentando desigualdades econômicas e disparidades geográficas?

Como favorecer o aparecimento de novos aprendizes, solidários e preocupados com o futuro do planeta? Enfim, como ensinar com excelência e eficiência durante uma crise sanitária que derrubou paradigmas, enterrou vítimas e fechou algumas portas?

“Essas questões são importantes e precisam ser respondidas também com o envolvimento de outros atores, inclusive os estudantes e seus responsáveis, para que entendam que educar significa também trabalhar com questões transcendentais, como o pensamento, a reflexão, o raciocínio, a criatividade e a solidariedade. Além disso, a educação precisa preparar para o relacionamento com as incertezas, para lidar com problemas não esperados e ter criatividade para solucionar e enfrentar as adversidades”, acrescentou a professora.

Pandemia

A pedagogia estuda, pesquisa, observa e ouve a sociedade para entender como as dores mais recentes interferem nos modelos de educação, e quais são os remédios a serem adotados para a superação dos problemas.

Por isso, tem estado cada vez mais próxima das novas tecnologias de ensino e informação. Aliás, foi com a dedicação integral dos pedagogos e pedagogas que a educação conseguiu seguir adiante em um período marcado pela pandemia da covid-19.

Ocorreram mudanças no processo de ensino-aprendizagem, com as possibilidades trazidas pelo ensino remoto. A educação foi transformada de forma abrupta e definitiva. Ficou ainda mais evidente que o campo educativo é bastante vasto, uma vez que a educação ocorre em muitos lugares e sob variadas modalidades.

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De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), agência da ONU responsável por acompanhar e apoiar a educação, comunicação e cultura no mundo, a pandemia da covid-19 impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países – o que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta.

Segundo pesquisa do IBGE, apenas 57% da população brasileira possui um computador pronto para os softwares mais recentes. Em 2018, a Pesquisa TIC Domicílio, apontou que mais de 30% dos lares no Brasil não possuíam acesso à internet, o que é praticamente indispensável para o serviço de ensino remoto. O desafio para a pedagogia aumentou drasticamente.

“O pedagogo tem fundamental importância ao subsidiar uma relação dialógica entre o atual contexto, face à primazia da educação. Ele é o mediador no processo ensino-aprendizagem e responsável por realizar as funções de orientação, coordenação e formação na organização escolar”, concluiu a professora Hérica Resende de Castro, Orientadora Pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília Internacional.

Sobre os Colégios Presbiterianos Mackenzie

Os Colégios Presbiterianos Mackenzie são reconhecidos, hoje, pela qualidade no ensino e educação que oferecem aos seus alunos, enraizada na antiga Escola Americana, fundada em 1870, por George e Mary Chamberlain, em São Paulo. A instituição dispõe de unidades em São Paulo, Tamboré (em Barueri-SP), Brasília (DF) e Palmas (TO). Com todos os segmentos da Educação Básica – Educação Infantil (Maternal, Jardim I e II), Ensino Fundamental e Ensino Médio, procura o desenvolvimento das habilidades integrais do aluno e a formação de valores e da consciência crítica, despertando o compromisso com a sociedade e formando um indivíduo capaz de servir ao próximo e à comunidade. No percurso da história, o Mackenzie se tornou reconhecido pela tradição, pioneirismo e inovação na educação, o que permitiu alcançar o posto de uma das renomadas instituições de ensino que mais contribuem para o desenvolvimento científico e acadêmico do País.

Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.

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