O ex-presidente Lula (PT) admitiu pela primeira vez que participará da eleição de 2022. “Serei candidato contra Bolsonaro”, afirmou durante entrevista à Paris Match, publicação impressa que circula na capital francesa.
“Acho que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação Sul-Sul e demonstrar que o predomínio geopolítico do Norte não é inexorável”, destacou.
Lula também analisou a decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou suas condenações pela Operação Lava Jato. Ele aproveitou para criticar o ex-juiz Sergio Moro.
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“Em meu primeiro depoimento, disse ao juiz Moro: ‘Você está condenado a me condenar porque a mentira foi longe demais e você não tem como voltar atrás’. Essa mentira realmente envolveu um juiz, promotores e a grande mídia do País, os quais me condenaram antes mesmo de eu ser julgado. O que eles não sabiam é que estou pronto para lutar até o último suspiro para provar que se uniram para me impedir de ir às eleições”, disse.
A relação diplomática com outros países foi mencionada por Lula na entrevista como um fator positivo para a soberania nacional.
“O Brasil não deve procurar entrar em conflito com nenhum país. Nossa última guerra foi contra o Paraguai há 150 anos. Posso ter divergências com o presidente dos Estados Unidos, mas não devo perder de vista que devo manter relações diplomáticas com ele para garantir a democracia, a política de desenvolvimento, as relações comerciais, a ciência e a tecnologia”, concluiu.
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