O câncer de tireoide é o mais comum na região da cabeça e pescoço e afeta três vezes mais as mulheres do que os homens.
Câncer de tireoide: médicos alertam para diagnóstico no público masculino
Segundo estimativas apontadas pelo Instituto Nacional do Câncer, dos 13.780 registrados em 2020, apenas 13% foram em homens. Médicos alertam que o público masculino tem procurado cada vez menos a investigação desse tipo da doença.
O câncer de tireoide é o mais comum na região da cabeça e pescoço e afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. Segundo especialistas, o público feminino está mais propício a desenvolver a doença por ter mais hormônios. Mesmo assim, pesquisas indicam que os homens vão menos ao médico para investigar cuidar da saúde, o que pode estar relacionado ao baixo índice no público masculino.
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Pela mais recente estimativa brasileira (2018), feita pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de tireoide é o quinto tumor mais frequente em mulheres nas regiões Sudeste e Nordeste (sem considerar o câncer de pele não-melanoma).
De acordo com o Dr. Francisco Bomfim Jr, cirurgião de cabeça e pescoço da Oncovie, é preciso que os homens entendam que, mesmo com índices menores em relação às mulheres, o câncer de tireoide pode atingir o público masculino e que é preciso tomar uma consciência maior da saúde e procurar um médico com maior frequência.
“Geralmente, as mulheres têm mais hormônios que os homens, o que já contribuiu para o aparecimento de mais doenças. É importante entender que o público feminino vai mais ao médico para investigar a própria saúde. As mulheres têm uma tendência maior a várias doenças como a investigação do câncer de colo do útero, de mama, vão mais ao dermatologista, endocrinologista. Frequentam o ginecologista anualmente e fazem mais exames, dentre eles, o ultrassom da tireoide que acaba flagrando um possível câncer naquele local. A maioria dos homens só fazem esse tipo de exame quando aparecem os sintomas, ou seja, quando aparece alguma massa no pescoço ou alguma complicação”, alerta o especialista.
“Foi um impacto enorme descobrir o câncer”
O enfermeiro Fernando Reis acabou descobrindo que tinha câncer na tireoide após procurar uma endocrinologista para diminuição do sobrepeso. Após uma série de exames de rotina, dentre eles um ultrassom na tireoide, descobriu uma massa no local.
“Foi um impacto enorme descobrir o câncer. Isso aconteceu em setembro de 2020 e logo fiz a biópsia para análise. Rapidamente agendei a cirurgia para a retirada total da tireoide, o que me obriga a repor os hormônios diariamente. Hoje sigo uma vida normal, acompanhado somente por um endocrinologista”, comenta o enfermeiro.
Os carcinomas diferenciados são os tipos mais frequentes. Dentre eles estão o papilífero (cerca de 80% dos casos), o folicular (15% dos casos) e o de células de Hürthle. Existem ainda os carcinomas medulares (5%) e pouco diferenciados e indiferenciados, com cerca de 1% dos casos.
Fatores de risco
Segundo o Dr. Bomfim Jr, alguns fatores podem contribuir para o aparecimento da doença, como irradiação (ter sido submetido à radioterapia) do pescoço, mesmo em baixas doses; histórico familiar de câncer da tireoide e dietas pobres em iodo.
Sintomas
A presença de um nódulo na tireoide, normalmente, não é indicação de câncer. Em alguns casos mais avançados, além da rouquidão, sintomas compressivos e até mesmo sensação de falta de ar e dificuldade em engolir alimentos podem ser sintomas sugestivos de malignidade diante de uma massa localizada na tireoide.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos ou com exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Tratamento
O tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico. A retirada da tireoide total ou parcial (em casos indicados). De acordo com o Dr. Bomfim Jr, o tratamento dos carcinomas bem diferenciados (papilífero e folicular) depende dos riscos associados (extensão da cirurgia e necessidade da complementação terapêutica com iodo radioativo).
“Para o câncer de tireoide temos boas notícias relacionadas ao tratamento. Primeiro porque ele não é um câncer que tem o mesmo comportamento de tumores de outros tipos que estamos acostumados a ouvir falar, como o de mama, de estômago, pulmão, etc. A mortalidade de pacientes com câncer de tireoide é realmente muito baixa, por ser uma doença pouco agressiva e por ter pouca metástase e o tratamento ser possível, factível. A taxa de sobrevida desses pacientes que tratam o câncer de tireoide é algo que se aproxima a 95%”, diz o cirurgião.
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