A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que inicialmente terminaria nesta terça-feira (01), no Ceará, foi prorrogada até 3 de julho. O prazo também foi estendido em outros 13 estados e no Distrito Federal.
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A atividade faz parte do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e tem como prioridade a etapa bovinos e búfalos de todas as idades, na primeira fase.
“A vacinação contra a aftosa tem objetivo principal criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da Febre Aftosa e ampliação das zonas livres de Febre Aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”, declarou Atualpa Soares, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará.
A Febre aftosa afeta o comércio interno e externo de animais e seus produtos. Por conta do alto poder de difusão do vírus e aos impactos econômicos provocados pela doença, os países estabelecem fortes barreiras à entrada de animais susceptíveis e seus produtos oriundos de regiões com ocorrência da doença.
O Ceará faz parte do bloco III do Plano Estratégico, junto com os estados de Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O último registro de Febre Aftosa no estado ocorreu há 24 anos, no dia 11 de abril de 1997, na cidade de Porteiras, localizado na região sul do Estado.
Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina é considerado, internacionalmente, zona livre de febre aftosa sem vacinação. A perspectiva é de que até o ano de 2026, o país obtenha esse reconhecimento. No ano de 2020, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, regiões do sul do Amazonas e do noroeste do Mato Grosso foram reconhecidas pelo MAPA como livres de Febre Aftosa sem vacinação.
A expectativa da vacinação é imunizar 170 milhões de animais em 21 estados. De acordo com o Mapa, as vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2 °C e 8 °C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda, com agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal.
O produtor deve informar a vacinação, após a aplicação, ao órgão de defesa sanitária animal do estado, o que pode ser feito de forma on-line ou presencialmente, nos postos designados pelo serviço veterinário estadual.
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