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Classes alta e média pouparam dinheiro porque não podiam viajar, ir a bar ou restaurantes em 2020

13º salário do INSS poderá ser pago em dobro até 2023; entenda a proposta

FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Cerca de 20 milhões de pessoas conseguiram economizar com despesas relacionadas a gastos com viagens, festas, e ida a bares e restaurantes, no ano passado. Em 2019, no período pré-pandemia, a redução de gastos desse tipo havia sido apontada como a fonte de economia por 34% dos poupadores, o equivalente a cerca de 12 milhões de pessoas. Os dados são da pesquisa Datafolha para a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

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Em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza, o presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará, Ricardo Coimbra, ressaltou que o movimento que teve forte influência da pandemia. Ele lembra ainda que, em outros períodos de crise econômica, geralmente, esses são os primeiros gastos a serem cortados pelas pessoas.

“Essa redução se deve, principalmente, à pandemia e à dificuldade que as pessoas tinham de acesso a esses itens. Em momentos mais críticos em relação à renda, esses são itens que as pessoas costumam reduzir”, complementa Ricardo Coimbra.

A pesquisa foi realizada com 3.408 pessoas economicamente ativas, das classes A, B e C. As entrevistas foram realizadas entre os dias 17 de novembro e 17 de dezembro. A poupança involuntária aparece, principalmente, nas classes A e B. Ricardo Coimbra observa que pessoas que conseguiram poupar mais foram pessoas com renda mais elevada. “Ainda 36% dos brasileiros conseguiram economizar nesse momento, isso também acontece em função da precaução, ou seja, o medo de não manter aquele recurso ao longo dos próximos meses em virtude do crescimento do desemprego”, finaliza.

De acordo com o levantamento, além da restrição de circulação de pessoas ter contribuído para gastos que seriam destinados a saídas para bares, restaurantes e o turismo – e acabaram indo para a poupança – a incerteza de estabilidade do cenário econômico também colaborou.

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Dados do Banco Central mostram que, de janeiro a dezembro de 2020, os depósitos superaram os saques em R$ 166 bilhões e 300 milhões, o maior valor registrado pela autoridade monetária desde o início da série histórica, em janeiro de 1995.

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